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Atrasados há 2 anos, CEUs das Artes seguem parados
Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
23/04/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC:


As obras que integram projetos dos CEUs (Centros Educacionais Unificados) das Artes em Santo André estão paralisadas. Diante do problema no andamento das intervenções, o atraso no cronograma já marca dois anos dentro do prazo de entrega estipulado pelo governo Carlos Grana (PT). A proposta que, em parceria com o Ministério da Cultura, seria colocada como uma das possíveis bandeiras da gestão, hoje ainda é dor de cabeça.

São duas unidades, uma no Jardim Marek e outra no Jardim Ana Maria. Ambas com início das construções em 2013 (primeiro ano da administração petista), os equipamentos, segundo o Paço, estão com apenas 40% de execução.

Diante da crise financeira no País, a Caixa Econômica Federal tem brecado ações financiadas pela União. Frente a esse cenário, o Paço alegou que a instituição exigiu “diversas reprogramações e ajustes, finalizados em 2016”. Com a instabilidade no fluxo de caixa, o governo admitiu processo de rescisão de contrato com uma das empresas envolvidas no projeto (no Jardim Marek). Responsável pela prestação do serviço era a Fig Incorporadora e Construtora Ltda. Atualmente, a Acetec Construtora Ltda é a única companhia que continua à frente da operação (no Jardim Ana Maria), embora sem encaminhamento. A despeito de declarações, à época da ordem de serviço, indicarem um ano de obras, o governo citou que a estimativa de inauguração estava para “abril de 2015”.

A administração petista tenta agilizar outros processos licitatórios para queimar etapas. Apesar das dificuldades para erguer os equipamentos, na fase atual, o Paço busca a compra de mobiliário. A projeção inicial de investimento gira em torno de R$ 6 milhões, perante o custo de aproximadamente R$ 3 milhões cada unidade. Não há contrapartida municipal, de acordo com a Prefeitura. “Os recursos federais recebidos (até o momento) são da ordem de R$ 3,5 milhões”, informou a gestão. Os dois empreendimentos terão modelo semelhante, destinado a regiões periféricas.

O projeto foi credenciado em 2010 ainda na gestão Aidan Ravin (PSB), inclusive na definição das áreas, contudo, sem qualquer avanço na questão financeira e no andamento de obras. A partir de 2013 é que houve sinal favorável do governo federal para desenvolvimento da proposta na prática. Os espaços públicos estavam sem uso pela municipalidade e devem concentrar local para leitura, espetáculos e exposição, com cobertura total. As unidades seguem padrão médio de 7.000 metros quadrados. Devido a essa proporção, o equipamento do Jardim Marek, por exemplo, que será levantado na Praça Jabuticabeiras, tende a atender aos bairros Centreville e Cidade São Jorge.

O conceito dos equipamentos é adequação do antigo projeto das Praças de Esporte e Cultura, idealizado pela ex-ministra Ana de Hollanda, só que agora englobando espaços que buscam valorizar o intercâmbio de expressões artísticas e formação na área, com bibliotecas de arte, telecentros e cursos para fomentar talentos locais. 




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