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Rolling Stones na estrada
Melina Dias
Do Diário do Grande ABC
Com AE
20/02/2006 | 08:26
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Depois de provar para 1,2 milhão de fãs na praia de Copacabana que estão em forma, os roqueiros sexagenários da banda Rolling Stones embarcaram no início da noite deste domingo para Buenos Aires. A exceção é Mick Jagger, que fica no Rio durante o dia de hoje. Na capital argentina eles apresentam show da turnê A Bigger Bang World Tour na próxima terça. Antes, porém, arranjaram fôlego para participar de uma festa para 1,2 mil vips até as 4h.

Estiveram lá o ministro da Cultura, Gilberto Gil, atores da Rede Globo, como Malu Mader, Carolina Dieckman, Regina Casé e Rodrigo Santoro, os músicos dos Titãs, que se apresentaram antes dos Stones, e os apresentadores Angélica e Luciano Huck. Os empresários Alexandre Aciolly e Luiz André Calainho, sempre presentes nas listas vip, também participaram, assim como a atriz Alexia Deschamps, cuja mãe foi amiga dos músicos na década de 60.

Durante a festa, os quatro roqueiros foram bastante assediados, contou um produtor. Ele disse que os ingleses apareceram às 2h. Mick Jagger subiu para sua suíte mais cedo, mas Charlie Watts, Ron Woods e Keith Richards foram dormir bem mais tarde. Todos estavam muito excitados com a apresentação, disse o produtor. “Eles adoraram o show. Estavam muitos felizes e se surpreenderam com a multidão. Disseram que foi o maior show de sua carreira”. A celebração tomou as varandas do Hotel Copacabana Palace.

Sem glamour - Depois do megashow, o cansaço. Neste domingo, dezenas de fãs dormiram na areia, por serem de outros Estados e não terem onde ficar, ou mesmo por falta de disposição para fazer a viagem de volta para casa. Alguns passaram a manhã no canteiro central da Avenida Atlântica e na calçada do Hotel Copacabana Palace, onde os músicos se hospedaram, à espera de um aceno. O incansável guitarrista dos Rolling Stones, Ron Wood, apareceu na janela e fez uma saudação, por volta das 8h.

O estudante Alexandre Gouveia, de 20 anos, passou a noite no chão, em frente ao hotel, com os dois amigos com quem veio de Americana, interior de São Paulo, e um carioca que conheceu durante o espetáculo. “Viemos para curtir e não nos importamos com o chão duro”, justificou. “Achei tudo maravilhoso. Disseram que ia ter arrastão, confusão e não aconteceu nada”.

Apesar da multidão, que se concentrou perto do palco, no posto 3, foi uma noite considerada tranqüila pela PM e pelo Corpo de Bombeiros. Até a madrugada deste domingo foram registradas 230 ocorrências policiais, furtos e porte de drogas ilegais e três pessoas esfaqueadas, sem gravidade, e 688 atendimentos médicos, a maioria por excesso de bebidas, drogas e sol, mas houve um início de parto, enfarte, traumatismo craniano causado por queda de árvore e edema pulmonar. Quarenta e quatro foram transferidas para hospitais, e 29 salvamentos no mar, pessoas que entraram na água e não conseguiram sair sozinhas. “Foi um dos eventos mais tranqüilos que tivemos”, disse o chefe do Estado Maior dos Bombeiros, o coronel Marcos Silva.

O palco do show e toda a estrutura montada na praia começaram a ser retirados nesta segunda. O lixo deixado pelo público foi todo recolhido, mas, no início da tarde, o forte odor de urina misturado ao de cerveja persistia.

Atraso - Fãs da banda que não puderam ou preferiram não rumar para o Rio, não viram a banda realmente ao vivo pela TV. Era a promessa da emissora Globo, que deteve a exclusividade da transmissão, mas não alterou sua grade. Um versão editada e atrasada em 30 minutos da performance foi ao ar somente após o programa Big Brother Brasil 6. Ponto para a rádio Jovem Pan que transmitiu o áudio em tempo real.




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