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CPI dos bingos tem futuro incerto
20/02/2004 | 00:11
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Embora tenha recebido apoio nesta quinta-feira de outro senador, Cristóvam Buarque (PT-DF), e obtido 6 assinaturas além das 27 necessárias, o futuro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos bingos é incerto. Certo é que o Planalto sabia que o senador Magno Malta (PL-ES) colhia assinaturas para propor a CPI. Malta avisou o chefe da Casa Civil, José Dirceu, há quatro dias. "Ele me disse, vá adiante", contou Malta. "Se derrubarem a CPI, vou ficar muito triste", antecipou ele, assegurando que até agora não recebeu nenhuma pressão do governo para recuar com a proposta.

Segundo governistas, no entanto, está em campo uma operação articulada pelo presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), para brecar a CPI. Em vez da tentativa de convencer os 15 aliados a retirar as assinaturas do requerimento, deve ser adotada outra tática: a de alegar que não há, no pedido de CPI, fato determinado que justifique a abertura de investigação.

Apesar do tumulto da semana, o líder do governo na Casa, Aloizio Mercadante (PT-SP), sustenta que a administração federal se saiu bem.

Sobre o fato de os aliados terem deixado a proposta de Malta ter ido tão longe, Mercadante avalia: "Bem ou mal, mostramos para a sociedade que o PT não tem problema de apurar nada. E no Congresso ficou claro que CPI sobre campanhas políticas é inconveniente a todos neste momento e o instrumento não é adequado porque criaria disputa duríssima e abriria caminho para vários inquéritos, como o das privatizações."




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