Economia Titulo
GM deve anunciar fim da concordata hoje
Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
10/07/2009 | 07:13
Compartilhar notícia


Com o plano central de recuperação aprovado pelo tribunal de concordatas de Nova York no domingo, dia 5, termina o prazo legal para que acionistas da companhia apresentem suas oposições ao plano de recuperação oferecido pela companhia. O plano implica na venda dos ativos da empresa à chamada Nova GM, que ficaria sob controle dos estados norte-americano e canadense majoritariamente.

Livre das fábricas não rentáveis e dos pagamentos que desequilibram o balanço contábil, a nova administração da companhia precisará comprovar sua viabilidade em um mercado que continua em crise.

O juiz responsável pelo caso, Robert Geber, afirma ter avaliado 850 objeções de acionistas, credores e aposentados da companhia, tendo considerado todas improcedentes. Ele também sinalizou que destacou a urgência de agir, afirmando que "outras soluções que não recorressem à venda seriam infrutíferas e não ofereceriam nenhuma esperança de sucesso", aponta. O tribunal rejeitou o argumento de que os poderes públicos teriam tratado injustamente os credores privados da dívida da GM, "que foram ajudados - pelos esforços do Tesuro".

Expirou ontem, o prazo oferecido pelo juiz para possíveis apelações. Com isso, então, a venda para os órgãos estabelecidos no plano passa a estar autorizada.

O executivo-chefe, Fritz Henderson, concede hoje, às 10h de Brasília, uma entrevista coletiva às 10h (de Brasília) juntamente com Edward Whitacre, que atuará como chairman da nova GM, que se chamará General Motors Co. A companhia está finalizando os detalhes para concluir a venda rapidamente para que a GM possa deixar formalmente a concordata, disse a porta-voz Julie Gibson. A GM pediu concordata em 1º de junho e sua saída acontecerá muito antes do que muitos observadores esperavam - a própria GM havia estimado que o processo levaria entre 60 e 90 dias.

Plano - Dessa forma, 60,8% da nova entidade será propriedade do Estado americano e 11,7% do Estado canadense, em troca de US$ 60 bilhões em fundos públicos concedidos desde dezembro. O sindicato do automóvel UAW (sigla em inglês para o sindicato dos trabalhadores do setor automotivo norte americano) teria 17,5% e os credores os 10% restantes em troca da anulação de 27 bilhões de dólares de dívidas.

Com a aplicação do plano de saída da crise, a GM terá muito menos fábricas, empregados, marcas de automóveis e concessionárias, mas também se livrará da maior parte de sua dívida. (Com agências)




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;