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Ofício do MP motivou retorno da merenda na região Pós-Balsa

Promotoria requereu, de pronto, restituição do almoço nas escolas de São Bernardo

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
25/02/2015 | 07:00
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O recuo do governo do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), em deixar de restringir o serviço integral de merenda escolar nas unidades da região do pós-balsa teve como motivação representação oficial firmada pelo MP (Ministério Público). A Promotoria requereu “imediata reflexão sobre o cabimento de restituir, de pronto, o almoço” nos equipamentos do local.

O Diário teve acesso ao documento assinado pelo promotor de Justiça da Infância e Juventude da Comarca da cidade, Jairo Edward de Luca, que pede restabelecimento completo no repasse de refeições nas quatro unidades (veja arte acima), dias após a Prefeitura implantar o corte parcial de merenda, sob a justificativa de conter desperdício de alimentos e combate obesidade infantil. “De maneira que, sem o almoço ficam privadas de alimentação até o retorno para suas casas, no final da tarde, o que de maneira alguma é razoável”, diz o texto.

A região nas proximidades da Billings foi a primeira a trazer à tona o plano restritivo de alimentos, que foi idealizado pela secretária de Educação, Cleuza Repulho (PT).

No dia 6, o promotor instaurou inquérito civil para investigar plano de corte na rede municipal, em ação impetrada pelo vereador oposicionista e presidente municipal do PPS, Julinho Fuzari. “Soube dessa ação absurda por profissionais e pais do pós-balsa. De imediato, acionei o MP para resolver o problema dessa localidade”, argumentou o parlamentar, que protocolou também documento relatando os mesmos problemas no bairro do Areião. “É ponto carente, em que há muito sofrimento das crianças com essa restrição. Se for necessário impetrar ações para o local também farei”, adicionou.

CONVOCAÇÃO

Convocada pela Câmara,com apoio, inclusive, da base governista, para prestar esclarecimentos do corte de merenda, Cleuza não deve comparecer hoje à Casa, conforme expectativas dos parlamentares.

Pelo regimento do Legislativo, a secretária deve respeitar convocação em período superior a dez dias, não podendo ultrapassar 30 dias da data protocolada – em dia de sessão ordinária. “Quando ela vir, o Executivo vai nos avisar e até o momento isso não ocorreu”, alegou o presidente da Casa, José Luís Ferrarezi (PT).

Situacionista, Paulo Dias (PT) defende que o comparecimento de Cleuza precisa ser breve. “O quanto antes nos explicar, será melhor. A pressão nas ruas está grande e até o momento não tivemos retorno da Prefeitura sobre essa medida.” 




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