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Multa para motos na Marginal gera confusão
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17/08/2010 | 07:14
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As multas para as motos que trafegam na pista expressa da Marginal do Tietê começaram ontem com um terço da via fora da proibição, além de falhas de sinalização e fiscalização. A Prefeitura de São Paulo excluiu da regra os trechos sem as novas pistas intermediárias ou em que elas estão em obras. A falta de placas fez com que muitos motociclistas não soubessem dessa "exceção".

Com a decisão da Prefeitura, ficou liberado o tráfego de motos nas pistas expressas entre a Ponte da Casa Verde e a Ponte das Bandeiras e da Rodovia Ayrton Senna à Ponte do Tatuapé. Esses trechos totalizam 7,2 quilômetros em cada sentido, mas ficou difícil identificar em que ponto a regra deixava de valer.

"Tivemos muita reclamação no sindicato por causa dessa dúvida. O pessoal vem nesse trecho que está liberado e, sem nem entender, já cai no trecho proibido e corre o risco de tomar uma multa em vão. Até nós, que estamos acompanhando essa mudança de perto, estamos confusos", disse Gilberto Almeida dos Santos, presidente do Sindicato dos Motoboys de São Paulo.

Para o presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil, Cyro Vidal, não há ilegalidade na medida, pois a Prefeitura tem competência para definir onde determinadas regras valem. "Mas é fundamental que haja sinalização não só onde a proibição volta a valer, mas também um pouco antes", diz.

Mesmo com o início da fiscalização, muitos motociclistas apostaram que não seriam flagrados e transitaram na pista expressa da Marginal. E a maioria estava certa. A equipe de reportagem permaneceu uma hora contando a quantidade de motos com equipamentos próprios ao lado de um agente da CET. Foram registradas 79 motos infringindo a proibição. Também houve 546 motos na pista central e outras 503 na local.

Nesse mesmo período, no entanto, com um binóculo, o agente em cima da ponte conseguiu anotar apenas duas infrações. A quantidade é resultado de uma série de dificuldades. As motos trafegam muito rápido e apenas com o binóculo fica difícil visualizar as placas - bem menores que as de carros. Além disso, os marronzinhos têm dificuldade em reconhecer a marca e o modelo de cada moto - informações necessárias para preencher o talão de multas. O ritual, portanto, é demorado: é preciso passar um rádio para a central, transmitir a placa para depois receber as informações e completar o auto de infração.

A CET informa que já eram conhecidas as dificuldades enfrentadas pelos agentes localizados nas pontes e que esses têm uma função educativa, mostrando aos motociclistas que há fiscalização. A maior parte das multas, de R$ 85,12, seria aplicada pelos agentes nas pistas e pelos policiais do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran). Não foi divulgado balanço.




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