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Engelberg: a cidade dos anjos
Por Heloísa Cestari
Enviada à Suíça
03/02/2011 | 07:02
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Em alemão, a palavra Engelberg significa Montanha dos Anjos. E se esses seres alados escolheram a cidade, localizada a 105 quilômetros de Zurique, como morada, suas reuniões provavelmente são realizadas no topo do Monte Titlis, de 3.239 metros de altura. De acordo com as condições climáticas, você se sentirá mesmo no céu, rodeado por um branco sem fim e por um tapete de neve tão fofo quanto as nuvens. Em dias encobertos, fica difícil descobrir onde acaba um e começa o outro, tudo da mesma cor. Resta entrar na sala de vídeo e conferir as belíssimas paisagens registradas com tempo bom.

Em compensação, nos dias ensolarados, a alvura dos picos contrasta com o azul intenso do horizonte, proporcionando fotos memoráveis e muita diversão no parque de esportes da Estação Glaciar de Titlis, onde é possível descarregar algumas doses de adrenalina em carrinhos, trottibikes (misto de bicicleta e patinete), pranchas de snowboard e no concorrido Snow Tube (boia que desliza pelas pistas de esqui arrancando gritos de muita gente). Custa 94 francos suíços (R$ 167) para usar o parque de esportes, mas grupos têm desconto.

Esquiadores experientes também podem descer a montanha direto até Engelberg. E olha que o percurso é longo. Só para subir, são necessários 40 minutos: 20 em gôndolas para até seis pessoas, outros dez para seguir da plataforma de Trübsee em bondinho com capacidade para 80 passageiros (semelhante ao do Pão de Açúcar) e mais cinco minutos a bordo do cobiçado Titlis Rotair, intitulado o primeiro teleférico giratório do mundo. Enquanto ele sobe, a plataforma gira lentamente, em 360 graus, permitindo que os turistas tenham uma vista completa da região sem chegarem a ficar tontos.

Também é lá de cima que se visita a Caverna de Gelo, atração bem parecida com o palácio do Jungfraujoch não fossem três diferenciais: o jogo de luzes, o piso antiderrapante e a trilha sonora, que pode ser definida pelo próprio visitante à entrada. As opções vão desde hinos até clássicos do rock, do eletrônico e da música erudita.

De resto, gelo, muito gelo em túneis de 150 metros de comprimento escavados a 20 metros de profundidade.

A estação conta, ainda, com mirantes, cinco restaurantes, estúdio fotográfico, a irresistível sorveteria Mövenpick - só para não quebrar o gelo... - e lojas de suvenires que, por incrível que pareça, possuem preços bem mais em conta que os da cidade.

 

Vale se adiantar e comprar as lembrancinhas ali mesmo, no retorno do passeio. As opções vão desde os indispensáveis gorros, luvas e camisetas até canivetes, chocolates e cães são-bernardo de pelúcia com o tradicional recipiente de destilado preso ao pescoço.

Além de serem típicos dos Alpes, os cães dessa raça são idolatrados na Suíça por já terem resgatado inúmeras pessoas perdidas na neve desde o século 17. Entre eles, Barry, que salvou mais de 40 vidas e hoje possui um monumento no Cimetière des Chiens. Se Engelberg é mesmo a cidade dos anjos, esses cachorros são, sem dúvida, seus grandes auxiliares.




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