O MPE (Ministério Público Eleitoral) retirou ontem os dois pedidos de impugnação à candidatura a prefeito de Mauá de Diniz Lopes (PR). Desta forma, o republicano teve o registro deferido e está livre para disputar a eleição sem correr o risco de ficar fora do pleito.

As ameaças à candidatura de Diniz partiram do próprio MPE e do candidato a vereador Mané Borracheiro (PMDB, partido da prefeiturável Vanessa Damo), que protocolou representação na promotoria. A primeira tomou por base a reprovação das contas de 2005 da Câmara - Diniz presidiu a Casa por apenas 20 dias, já que governou a cidade nos primeiro 11 meses daquele ano.

A segunda considerou a rejeição das finanças do Legislativo em 2003 e 2004, quando Diniz, como presidente, pagou 13º salário e auxílio-moradia aos vereadores e hora extra aos funcionários da Casa. Todas as práticas são inconstitucionais.

O político, porém, alegou cerceamento de defesa e obteve liminar no Tribunal de Justiça em junho que anula os julgamentos do TCE (Tribunal de Contas do Estado). "Fui julgado à revelia." O MPE retirou os pedidos com base na liminar e no curto período de Diniz à frente da Câmara em 2005.

Ao saber da decisão por seu advogado, Luiz Custódio, o prefeiturável cancelou atividades da agenda para comemorar. Reuniu assessores na casa de um amigo, na Vila Assis, que lhe ofereceu churrasco. "Amanhã (hoje) darei início a uma nova etapa na campanha, muito mais feliz."

Inconformado, Mané Borracheiro classificou o salvamento de Diniz como "sacanagem da Justiça".