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Dise prende mais um chefe do tráfico

Acusado de ser líder do crime em Ribeirão e Mauá foi detido ao procurar UPA no Litoral

Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
06/08/2013 | 07:00
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A operação desencadeada pela Dise (Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes) de São Bernardo na semana passada levou, na madrugada de ontem, à prisão de mais um acusado apontado como um dos líderes para a região da facção criminosa que atua no Estado.
Marcelo Garrido, 31 anos, foi detido após os policiais descobrirem, por meio de investigação, que ele buscaria atendimento médico em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Praia Grande, cidade no litoral paulista, onde estava escondido há dois dias, segundo teria confessado em seu depoimento na delegacia.

A investigação aponta que ele é um dos principais líderes do crime em Ribeirão Pires e Mauá. Dividia o comando com o pai, Orivaldo Garrido, 54, preso na sexta-feira, também por meio da operação, na mesma cidade, onde estabelecera residência há alguns meses. Os dois já cumpriram pena por roubo, tráfico e sequestro em presídios do interior do Estado.

“As investigações apontaram que ele era o elo entre os líderes da quadrilha e o restante do grupo”, destacou Waldomiro Bueno Filho, delegado seccional de São Bernardo, sobre Marcelo, conhecido como Neymar entre a criminosos.

Em buscas realizadas pelos investigadores nos endereços dos dois acusados no Litoral, a polícia apreendeu celulares, computadores com toda a contabilidade do tráfico, mais de R$ 13 mil em dinheiro, veículos e até camisetas homenageando por meio de fotos e textos de exaltação integrantes e líderes da facção que morreram em confrontos com policiais nos últimos anos.

Segundo informações da SSP (Secretaria da Segurança Pública), graças à operação a polícia prendeu 29 acusados até o fechamento desta edição, incluindo os principais líderes do crime organizado local, desmantelando todo o esquema de arrecadação da taxa mensal que os integrantes da facção precisam pagar, além do fornecimento de drogas a traficantes das sete cidades, segundo revelou o Diário ontem.

As investigações, que começaram em janeiro, continuarão e, segundo a Polícia Civil, mais pessoas devem ser detidas nos próximos dias.

CELULAR

Depois da revelação de que a Dise fez escutas de traficantes da região com lideranças da facção criminosa detidas na Penitenciária de Presidente Venceslau, a 610 quilômetros da Capital, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou ontem que abrirá licitação para a compra e instalação de bloqueadores de sinal de celular para as cadeias paulistas.

“Chegamos a uma boa tecnologia para bloqueadores. Dia 15 sai o primeiro edital”, disse. Segundo ele, o grande número de apreensões de aparelhos nos presídios é positivo e mostra uma preocupação constante com o problema.  




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