Cultura & Lazer Titulo Revelação
De músico acompanhante
a compositor de trilhas

Vinicius Davidovitch aposta em seu lado
autor e se prepara para entrar em estúdio

Daniele Tavares
Especial para o Diário
03/08/2013 | 07:05
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Marina Brandão/DGABC


O paulistano Vinicius Davidovitch, 30 anos, se encantou pela música ainda adolescente, aos 12, e seguiu como autodidata até os 17. “Quando eu vi que realmente gostava de música eu entrei sozinho nesse mundo e aprendi a tocar. Ficava atrás dos amigos que tinham violão para aprender mais sobre música e os instrumentos”, lembra.
 
O jovem violonista recebeu alguns convites para tocar em bares da cidade, acompanhando cantores e bandas. “Tudo começou muito sem querer para mim, eu sempre era acompanhante, até que chegou uma dia em que eu ia tocar e não tinha quem acompanhar. Então me colocaram para cantar e desse dia em diante eu comecei a entrar nesse universo da canção”, conta ele, que se apresenta periodicamente na região, em locais como o Clube Atlético Aramaçan, em Santo André.

Depois da surpresa da performance solo, Davidovitch passou a se interessar pelos vocais, mas cantar foi algo que o artista só estudou alguns anos mais tarde, a princípio ele também aprendeu por conta própria ouvindo álbuns, pegando dicas com profissionais e treinando em casa.

Neste ano, além de intérprete, apostou na carreira de compositor. Já lançou um EP, 'Canções do Dia Todo Dia', com cinco faixas. Agora no segundo semestre, o artista entra em estúdio para gravar a segunda edição do projeto 'Ponto de Umbanda', com sete músicas inéditas.

Em ambos os trabalhos o cantor esteve à frente da produção, desde as composições até os arranjos. “Eu componho desde adolescente, mas comecei a encarar como profissão mesmo na faculdade. Eu cursava Filosofia na USP, mas sempre andei muito com o pessoal de letras e quando eles começavam a escrever eu me empolgada e escrevia junto. Essa experiência me ajuda muito hoje a compor claramente sobre as mensagens que eu quero passar”, diz.

Hoje os trabalhos mais famosos do artista se encontram no teatro. A trilha da peça 'Dançando em Lúnassa', dirigida por Domingos Nunez, atualmente em cartaz em São Paulo, foi montada inteiramente com as composições de Davidovitch.

Para a sua nova fase profissional, o cantor se baseia em samba, rock e jazz. “Tenho muitas inspirações, gosto de acompanhar e ver o que deu certo para os artistas e usar de espelho para mim.” revela. “Não tenho ninguém na família que se envolveu com o cenário musical, mas meu pai tem mais de 1.000 discos de vinil em casa e eu ouvia muito com ele. Nomes como Caetano Veloso e Chico Buarque estiveram na minha vida me inspirando desde criança, e para fazer samba agora tenho me pautado em coisas mais novas, como o trabalho do compositor Kiko Dinucci”, completa.

A banda de Davidovitch é formada pelos músicos Pedro Marcondes (baixo, também integrante da banda de rock Língua de Trapo), Cláudio Oliveira (bateria), Iuker Ezaki (percussão e bateria), Marcelo Martins (cavaco) e Fábio Darus (percussão).




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