Política Titulo Santo André
Cresci na mesa da associação, frisa Marilda Brandão

Primeira suplente do PSD e líder de movimento do Centreville irá ocupar cadeira de vereadora

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
18/01/2021 | 00:01
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Claudinei Plaza/DGABC


Primeira suplente do PSD, Marilda Brandão irá assumir mandato na Câmara de Santo André a partir de fevereiro com a oficialização do vereador e correligionário Edson Sardano como secretário de Segurança do governo Paulo Serra (PSDB) e será a segunda mulher na legislatura, ao lado de Ana Veterinária (DEM). Líder do movimento de regularização fundiária do Centreville, a pessedista, filha da ocupação no começo dos anos 1980, obteve 1.788 votos e credita todo o saldo recebido à luta por moradia. “Cresci na mesa da associação (de moradores). Quando cheguei com a família, tinha 8 anos. Meu pai foi o primeiro tesoureiro.”

Marilda, 46 anos, ficou, recentemente, dois mandatos no posto de presidente da associação e atuou por três gestões na função de diretora – no começo do ano passado, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), então detentora da posse, deu aval para que a Prefeitura iniciasse entrega da titularidade das residências às famílias. “Sempre estive lá dentro. São 38 anos de luta de muita gente, família, vizinhos. Cresci, conheci o amor, criei meus filhos e tenho orgulho danado desse lugar. Tivemos resultado positivo (no processo). Por isso, responsabilidade (no Legislativo) será grande. Poucos têm esse perfil: mulher, mãe, avó, da periferia, que representa os bairros mais distantes e do movimento social, de moradia.”

A empreitada eleitoral de novembro foi a terceira consecutiva encampada por Marilda, ex-assessora de gabinete no Paço e que disputou a vaga na coligação do prefeito. Em 2012, pelo PTdoB, registrou 851 votos e, na sequência, em 2016, contabilizou 1.259 adesões – chegou a ocupar brevemente a cadeira de forma interina no período anterior. Em 2020, teve o melhor resultado nas urnas. “(Apoio) Maciçamente no Centreville e entorno. As pessoas enxergaram a necessidade de termos representante nosso na Câmara. Entenderam isso. Teve uma escola perto que só lá tive 500 votos.”

A pessedista adiantou que irá manter defesa da bandeira do processo de regularização em Santo André, alinhada à base governista. Sobre a continuidade da entrega dos títulos no Centreville, ela alegou que houve paralisação no trâmite devido à pandemia. “Temos que retomar (ritmo). Ida para a Câmara vai ajudar muito. Com a cidade vacinada, a ideia é retomar e até o fim deste ano fazer regularização das casas originais (cerca de 1.110).”




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