O PT de Diadema definiu, na noite desta quarta-feira, o nome do vereador reeleito Josa Queiroz (PT) como candidato do partido à presidência da Câmara para o próximo biênio. A escolha se deu após disputa interna entre o parlamentar e o colega Orlando Vitoriano, que retirou sua própria candidatura nesta quarta. Vitoriano foi o vereador mais votado no pleito do mês passado, com 5.140 votos.

Detentor da maior bancada na próxima legislatura (2021-2024), com cinco parlamentares eleitos, o PT diademense encabeçará a futura chapa governista na eleição interna da mesa diretora. O Diário apurou que o parlamentar já iniciou aproximação com os demais partidos para obter apoio mínimo necessário para levar a disputa interna - são necessários apoios de 11 dos 21 parlamentares.

A definição no petismo em torno da eleição da mesa começou oficialmente na segunda-feira e se estendeu até esta quarta, em reunião do diretório do partido. A escolha também passou pela futura definição da sigla sobre a eleição para a Assembleia Legislativa, em 2022, tanto que os atuais deputados petistas Luiz Fernando Teixeira e Teonílio Barba, ambos com base em São Bernardo, entraram na discussão.

Ao Diário, Josa afirmou que o próximo passo será construir com os demais partidos adesão ao projeto e, consequentemente, a composição da futura mesa diretora da casa. "Acho importante valorizar o debate e a construção de unidade em torno do meu nome dentro do PT. Não poderia, de forma alguma, colocar meu nome para esta tarefa se não tivesse o apoio do partido e da bancada. Esse apoio é de fundamental importância. Agora temos de buscar apoios de outros partidos, com muita tranquilidade e respeitando as divergências internas na Câmara. Vamos buscar construir um desenho que seja o mais representativo possível do ponto de vista da mesa e assumir o compromisso de que a Câmara de Diadema vai voltar a ser espaço de debate e onde os vereadores voltarão a ser ouvidos", frisou Josa, que agradeceu o recuo de Vitoriano. "Isso foi importante não apenas para a indicação do meu nome, mas para construir a unidade dentro da bancada".

Vitoriano, por sua vez, afirmou que decidiu abrir mão da candidatura por entender que pode "contribuir de maneira mais concreta para a população não estando na presidência da Câmara".