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Inquérito na delegacia de São Bernardo
Por Raphael Rocha
08/08/2020 | 00:01
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No 1º DP (Centro) de São Bernardo, corre desde 2017 inquérito policial para apurar a origem de um e-mail encaminhado aos vereadores da cidade com ataques contra três pessoas que costumam comentar e atuar politicamente: Rogério e Silva (conhecido como Rogério da Lupa), Ricardo Garcia e Marcelo Sarti. Em seu depoimento, Lupa citou ser autor de diversas denúncias de mau uso de recursos públicos, em especial na área da educação, e juntou cópia de discurso do então vereador Ramon Ramos (morto em outubro) contra ele e chamada telefônica que ele disse ter recebido do prefeito Orlando Morando (PSDB) no dia 26 de julho de 2017, às 17h23. A ligação durou um minuto e 23 segundos e, segundo Lupa, serviu para que Morando o xingasse e o ameaçasse. Desde então, troca de ofícios e documentos balizou a investigação. Até que no dia 28 de julho de 2020, Lupa encaminhou para sua lista de amigos no WhatsApp – na qual o celular de Morando está cadastrado – trechos de informações que diz ter sobre processos em andamento envolvendo o tucano. No dia seguinte, houve movimentação no 1º DP para que o inquérito voltasse a andar. Fato que chama atenção de quem acompanha o caso.

BASTIDORES

O telefone
No depoimento, Rogério da Lupa garante ter recebido ligação com ameaças do prefeito Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo. O número do celular, entretanto, não é o normalmente utilizado pelo tucano. Policiais pediram para a rede de operadora Claro a quem pertence tal número. A resposta: ao Departamento de Engenharia de Tráfego, órgão vinculado à Prefeitura de São Bernardo e localizado na Praça Humberto Luiz Gastaldo, no Jardim do Mar.

Covid – 1
Pré-candidato do PSL à Prefeitura de Mauá, o vereador Professor Betinho ainda não digeriu o fato de ter sido diagnosticado com Covid-19 por exame feito pela Secretaria de Saúde da cidade às vésperas da sessão de terça-feira – fato que o tirou daquela plenária – e, ao buscar a rede particular por duas vezes, seu diagnóstico ser negativo. Foi justamente na terça-feira que a Câmara analisou, e rejeitou, pedido de impeachment contra o prefeito Atila Jacomussi (PSB), com base em acusações trazidas na Operação Trato Feito.

Covid – 2
Professor Betinho garante que irá à Justiça para que a sessão de terça-feira seja anulada para que ele tenha direito de votar no processo de impeachment contra o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB) – ele avisou que é favorável à cassação do socialista, acusado de distribuir mensalinho na Câmara (Betinho foi citado na denúncia, inclusive). O vereador também quer processar a Prefeitura por emissão de diagnóstico e laudo inverídicos, sob argumento de que os testes feitos pela administração podem conter erros, inclusive na avaliação da população.

Aglomeração
Suplente de vereador em São Bernardo, Samuel Alves (PSDB) se envolveu em confusão na semana passada. Embora sua base eleitoral seja o bairro Alves Dias, Samuel tem percorrido ruas do Rudge Ramos e adjacências. No fim de semana, organizou um torneio de penalidades na Sociedade Amigos Esportivos da Vila Vivaldi. Como gerou aglomeração, a Prefeitura de São Bernardo lacrou o campo. Mas não ficou apenas por aí. Pessoas ligadas a Samuel que estavam alocadas no gabinete do vereador Alex Mognon (PSDB) foram exoneradas como retaliação ao suplente.

Foco na música
O cantor Frank Aguiar entrou em contato com a coluna para garantir que voltar à política eleitoral não está na lista de prioridades atuais. Ele diz que a contratação do escritório de advocacia BMDP Advogados Associados serve para representá-lo em outras áreas, não eleitoral. “Estou focado 100% na minha carreira, completando três décadas de trabalho e resgatando a minha bela história na música. Estou longe da política”, discorreu Frank, ex-vice-prefeito de São Bernardo. Em 2018, se candidatou ao Senado pelo seu Estado natal, o Piauí. Não foi eleito. 




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