O Exército libanês retomou os intensos bombardeios nesta quinta-feira, depois de violentos combates noturnos, contra as posições do Fatah al-Islam. Um soldado libanês faleceu nos combates
O grupo está sitiado no campo de refugiados de Nahr al-Bared, norte do Líbano, e que prometeu levar os enfrentamentos para fora desta localidade.
Com esta vítima chega a 105 o número de mortos, incluindo 46 soldados libaneses, desde o início dos confrontos em 20 de maio, na maior explosão de violência no Líbano desde o fim da guerra civil em 1990.
Os helicópteros militares apoiaram as tropas terrestres no ataque ao Fatah al-Islam nas entradas norte e leste do campo.
As autoridades libanesas, que exigem a rendição dos radicais, acusam o Fatah al-Islam de ter iniciado os combates no dia 20 de maio, quando o grupo matou 27 soldados que dormiam em suas posições no entorno de Nahr al-Bared.
O grupo radical ameaçou levar a batalha para fora do campo de Nahr al-Bared. "Atacaremos além do campo se o Exército continuar com os bombardeios destrutivos", afirmou o porta-voz do grupo, Chahine Chahine.
"A maioria dos combatentes procurados pelo Exército caiu como mártires na linha de frente ou foram feridos. Pouquíssimos deles ainda estão em combate", acrescentou.
Violência - A batalha, que prossegue sem o menor sinal de uma rápida solução, se agrava com atentados em todo o território do Líbano, que as autoridades libanesas relacionam aos confrontos em Nahr al-Bared.
Uma granada explodiu nesta quinta-feira em um bairro cristão de Beirute e danificou vários veículos. Sete atentados ou explosões afetaram a capital do país e seus arredores desde 20 de maio.
O movimento palestino Fatah, que apóia o Exército libanês, anunciou nos últimos dias a rendição de alguns membros do Fatah al-Islam, que atualmente contaria apenas com 75 ativistas.
Além das rendições, o Exército pretende erradicar totalmente o Fatah al-Islam do Líbano. O líder do grupo, Chaker Abssi, foi condenado à morte à revelia pelo assassinato de um diplomata americano.
Densas colunas de fumaça eram vistas no campo de Nahr al-Bared, onde 4 mil refugiados, dos 31 mil originais, vivem atualmente em condições extremamente difíceis.
No sul do Líbano a calma voltou ao campo de refugiados palestinos de Ain al-Hilweh, onde combates no domingo entre o Exército e o grupo radical Jund al-Sham deixaram quatro mostos.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.