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Alex vira salvação para seguir legado de deputados prefeituráveis

Desde 1988, eleição no Grande ABC tem pelo menos um parlamentar concorrendo ao Paço

Por Júnior Carvalho
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
09/02/2020 | 00:45
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O deputado federal Alex Manente (Cidadania), com domicílio eleitoral em São Bernardo, é a única possibilidade para que o Grande ABC mantenha tradição que remonta à época da redemocratização do País: ter um parlamentar, seja estadual ou federal, concorrendo a uma Prefeitura da região.

A oito meses do pleito, Alex tem recebido pressão da cúpula do Cidadania para concorrer novamente ao Paço de São Bernardo – foi prefeiturável em 2008, 2012 e 2016. Ele não descartou a possibilidade e disse que até o fim do mês anuncia sua decisão.

Outro parlamentar que tem candidatura a prefeito cogitada, mas que dá sinais muito claros de que não quer ser prefeiturável, é Márcio da Farmácia (Podemos), eleito em 2018 para seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa. Ex-vereador e ex-vice-prefeito de Diadema, Márcio foi o nome escolhido pelo prefeito Lauro Michels (PV) para ser o candidato do governo à sucessão. O parlamentar, porém, negou o convite. Embora oposicionistas e até governistas ainda apostem em seu nome, Márcio tem dado mostras de que não visa construir candidatura – líder do Podemos na Assembleia, tem percorrido o Estado em eventos do partido e pouco fica em Diadema.

Os demais deputados com base na região apoiarão as reeleições nas suas respectivas cidades base ou vão aderir a nomes de aliados.

Desde o pleito de 1988, primeira eleição municipal após o fim do ciclo da ditadura militar (1964-1985), pelo menos um deputado (estadual ou federal) figura nas disputas municipais. Mais: nessas três décadas, com exceção de 2004, pelo menos um parlamentar conseguiu virar prefeito.

HISTÓRICO
Em 1988, o ex-prefeito de São Bernardo Tito Costa, então deputado federal constituinte, tentou retornar ao comando do Paço. Aquela disputa, contudo, foi vencida por Mauricio Soares (então no PT). Quatro anos mais tarde, dois deputados foram prefeituráveis: Walter Demarchi, em São Bernardo (PTB, deputado estadual); e José Cicote (PT, deputado federal). O primeiro venceu.

No pleito de 1996, cinco parlamentares tentaram os Paços: os estaduais Waldir Cartola (PTB, São Bernardo), Wagner Lino (PT, São Bernardo) e Gilson Menezes (PSB, Diadema); e os federais Celso Daniel (PT, Santo André) e José Augusto da Silva Ramos (PSDB, Diadema). Gilson voltou a ser prefeito de Diadema e Celso, de Santo André.

Em 2000, os candidatos foram Zé Augusto e José de Filippi Júnior (PT), com vitória petista em Diadema; o parlamentar federal Celso Russomanno (hoje com base na Capital), em Santo André. Em 2004: federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT, São Bernardo); e Zé Augusto. Em 2008: estaduais Mário Reali (PT, Diadema); Zé Augusto; Vanderlei Siraque (PT, Santo André); Orlando Morando (PSDB, São Bernardo); e Alex – o primeiro levou.

No pleito de 2012, foi a vez dos estaduais Carlos Grana (PT, Santo André); Donisete Braga (PT, Mauá); Alex e Vanessa Damo (MDB, Mauá). Os dois primeiros venceram. Em 2016, Morando venceu em São Bernardo e Atila Jacomussi (PSB), em Mauá – ambos eram estaduais. 




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