Além do Brasil, outros quatro países assumiram cadeiras não-permanentes no Conselho de Segurança – a Argélia, o Benin, as Filipinas e a Romênia, cada um representativo de uma região geográfica.
A Alemanha, a Espanha, o Chile, a Angola e o Paquistão continuarão nessa condição até o fim deste ano. Entretanto, o poder de fato seguirá emanando do grupo de cinco países vencedores da 2ªGuerra Mundial (1939-1945) que, na condição de membros permanentes, contam com o poder de vetar as decisões da maioria – os Estados Unidos, a Rússia, a França, a Inglaterra e a China.
O Brasil, a rigor, assume uma das duas vagas latino-americanas, aquela deixada pelo México, que atuou no período 2002-2003. Por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estratégia que será conduzida pelo embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Sardenberg, estará em sintonia com o principal parceiro do País no Mercosul (Mercado Comum do Sul). O governo argentino designará um diplomata para acompanhar os trabalhos.
Essa tentativa de ampliar a representatividade do País será complementada com a tendência a um estreito contato com o Chile e com Angola, que continuam no conselho.
Parceiros – No dia-a-dia, entretanto, o Brasil deverá se aliar a diferentes parceiros, conforme os interesses e as posições sobre os temas em avaliação. A França e a Alemanha expressaram o interesse de trabalhar com o Brasil no conselho em temas relativos à reconstrução e democratização do Iraque, a solução dos conflitos entre Israel e a Palestina e questões africanas, entre outros.
Os Estados Unidos ainda não deixaram claro o que esperam da participação do Brasil. Em princípio, o Itamaraty pretende valer-se dessa atuação no conselho como meio de defender a incorporação do Brasil aos sócios permanentes.
Em plena campanha mundo afora no último ano, o Brasil conta com o declarado da França, da Rússia e da Alemanha, que também ambiciona a elevação de seu status. A dificuldade, entretanto, poderá vir da Argentina que o Brasil pretende cativar desde já.
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