Por 17 votos a dez, os professores da FSA (Fundação Santo André) decidiram ontem, durante assembleia, encerrar greve que perdurava desde 13 de dezembro. Sem a paralisação das atividades acadêmicas, os docentes admitem perder força na ‘luta’ travada contra a reitoria, chefiada por Francisco José Santos Milreu.

A greve foi motivada por conta dos proventos atrasados, além do 13º integral e pagamento mensal do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Além disso, os professores cobram a reintegração de 35 profissionais demitidos, por e-mail, no dia 21 de dezembro. Nenhuma das demandas foi atendida.

A principal suspeita dos dez docentes que votaram a favor da permanência da greve é a de que os colegas possam estar sofrendo pressão por parte da administração da FSA por terem votado pelo fim da paralisação, já que aulas começam no dia 7. O corpo docente afirma, ainda, que a reitoria disse que só apresentaria proposta de negociação em março.

Os 35 profissionais dispensados integram pente-fino para apurar contratos de trabalho irregulares na instituição de ensino superior. O procedimento foi instaurado a partir de suspeita de que o reitor não tenha prestado concurso para ingressar na FSA – o que é proibido por lei. Embora tenha admitido a situação irregular ao Diário, Milreu não está entre os desligados.