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S.Bernardo quer o fim de festas 24 horas
Por Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
05/09/2007 | 07:30
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São Bernardo está em guerra declarada contra as raves – festas eletrônicas, normalmente realizadas em chácaras ou sítios, que duram mais de um dia.

Desde que o prefeito William Dib (PSB) sancionou a lei 5648, em 15 de março, que regulamenta e determina regras rígidas para a realização destes eventos, cerca de 40 festas eletrônicas foram impedidas pela administração de serem realizadas no município. Por mês eram realizados, segundo a administração, cerca de 10 raves na cidade. Mais de 90% foram proibidas.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Prefeitura, Fernando Longo (PSDB), diz que o objetivo da lei é inibir essas festas, que, segundo ele, em sua maioria são clandestinas.

“São Bernardo não tem interesse na realização destas raves, que muitas vezes terminam em brigas e grande consumo de álcool e drogas. Elas criam um transtorno enorme para a cidade”, diz o tucano.

“Não há controle sobre a presença de menores e nunca tem prazo para acabar.” Longo diz que há aumento de consultas em hospitais quando as festas são realizadas.

Entre as exigências apontadas pela legislação estão a obrigatoriedade da apresentação, ao poder público, de atestado de viglância sanitária, alvará de funcionamento, contrato de locação do imóvel, vistoria do Corpo de Bombeiros.

“A maioria das empresas que promovem os eventos deste tipo não tem condições de apresentar esta documentação. Além disso, muitas festas são programadas em cima da hora e não haveria tempo hábil para atender as exigências. Somos bastantes rigorosos na análise dos documentos.”

Longo diz que há uma equipe, em sua Pasta, responsável pelo “monitoramento” dos eventos. “Checamos na internet e até em faculdades se estão sendo programadas festas.” Embora a lei também trate de outros eventos temporários, como bazares, shows e exposições, o secretário assegura que a Prefeitura não irá espantar atrações de grande porte.

Blindagem regional - Longo quer ir além com a proposta. A idéia do secretário de São Bernardo é que seja criada uma lei regional, para impedir a realização das raves nas sete cidades da região. “Pela dificuldade de se fazer aqui, muitas vão para Ribeirão Pires e Mauá. O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC tem de discutir o assunto, fazer uma ação coordenada e blindar a região disso. Só assim vamos ficar livres das raves.”



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