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Região eternizada nos álbuns da copa do mundo

Personagens nascidos ou com passagem pelo Grande ABC marcam presença nos livros colecionáveis desde 1966; na edição de 2018, são dois representantes

Dérek Bittencourt
29/04/2018 | 07:00
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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


 O álbum da Copa do Mundo da Rússia foi lançado há seis semanas e já se tornou repetitivo dizer que virou febre entre pessoas de todas as idades. Mas como é para os jogadores integrarem o livro ilustrado de um Mundial? A edição deste ano conta com dois atletas do Grande ABC: o meio-campista Willian, do Chelsea e da Seleção Brasileira – nascido em Ribeirão Pires; e o zagueiro Mario Fernandes, do CSKA Moscou e naturalizado russo – que nasceu em São Caetano. Mas a relação da região com as coleções de cromos de Copas vem de décadas. São 26 personagens – com a dupla de 2018 – não apenas oriundos de uma das sete cidades, mas também com passagens por aqui, seja como jogador, técnico ou dirigente.

“Colecionei os álbuns das Copas de 1998 e 2002, e a sensação de hoje fazer parte é muito gratificante, é para se orgulhar. Quando era pequeno, olhava os jogadores nos álbuns e sonhava em um dia estar disputando uma Copa do Mundo e virar figurinha também. Estou realizando este sonho pela segunda vez consecutiva”, afirmou Willian, que também esteve no álbum de 2014. O primeiro personagem ligado ao Grande ABC presente nos livros ilustrados foi o ex-goleiro Manga, que defendeu a Seleção Brasileira no Mundial de 1966. Dois anos após, desembarcaria no Grande ABC para ser imortalizado como primeiro técnico do Santo André.

Desde 1970 é responsabilidade da empresa italiana Panini produzir os álbuns da Copa. É bem verdade que outros surgiram paralelamente. Quem não se lembra da edição de 1982 promovida pelos chicletes Ping Pong? Aliás, esta coleção contava com o ex-técnico do São Caetano Mário Sérgio – morto na queda do avião da Chapecoense, em 2016 – e com o ex-dirigente do São Bernardo Juninho Fonseca, que não estampavam as páginas do concorrente. Em comum nos dois livros era a presença de Serginho Chulapa, que vestiu a camisa do Azulão nos anos 1990.

“Ser personagem de álbum de Copa é inesquecível. Você fica perpetuado na história. Assinei vários álbuns na minha foto. Não tinha faixa etária definida de colecionadores. Eram pessoas de todas as idades e nacionalidades”, disse o ex-técnico do Tigre Edson Boaro, que integrou o álbum de 1986 na Seleção Brasileira.

“É também uma maneira de aproximar o fã do ídolo. Quando é ano de Copa, esse espírito impregna nas pessoas. É legal não só para o torcedor, mas também para o jogador”, declarou o ex-atacante do São Caetano e dirigente do Ramalhão Müller, figurinha do Brasil em 1990 e 1994.

Outras seleções também tiveram nomes ligados ao Grande ABC. Nascidos em São Bernardo, o volante Thiago Motta integrou o álbum em 2014 pela Itália, e o ex-meia Deco marcou presença nas páginas de Portugal de 2006 e 2010. O ex-volante do Azulão Marcos Senna integrou a Espanha no livro de 2010, e o ex-técnico do Tigre Wagner Lopes esteve na seção do Japão entre os cromos do Mundial de 1998.

Entre os 26 relacionados à região, dois são recordistas com três aparições nos álbuns: o ex-técnico do São Caetano Emerson Leão (1970, 1974 e 1978) e o são-bernardense Mauro Silva (1998, 2002 e 2006).




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