Beber oito copos d'água por dia é bom para a saúde? Alguns alimentos têm poder afrodisíaco? Fazer dieta pode prejudicar o corpo? Estas dúvidas são respondidas no livro A Verdade Sobre a Comida, de Jill Fullerton-Smith (R$ 49,90, 240 páginas, Editora Itrínseca).

Segundo a autora, para manter a saúde, o homem deve se alimentar como os antepassados. Para confirmar os benefícios de uma alimentação assim, um grupo de voluntários que adoravam junk food (comida industrializada) foi convidado a experimentar a dieta e verificar se auxiliava na melhoria dos sinais vitais.

A maioria dos participantes apresentava histórico ruim, com colesterol e pressão arterial acima do normal e casos de doenças cardíacas na família. O grupo só podia se alimentar de frutas, hortaliças, nozes e peixe, de maneira controlada. "Depois de dez dias, o colesterol sangüíneo dos voluntários havia baixado aproximadamente 25%. A pressão arterial também obteve melhoras, diminuindo aproximadamente 10%", diz a autora.

Afrodisíacos - Dizem que há alimentos que estimulam o apetite sexual. Mas seria isso verdade? No livro, as opiniões de diferentes especialistas se divergem bastante. Porém, experimentos realizados no Smell and Taste Treatment and Research Center, em Chicago, apontam que sim. "Testes para estimulação sexual apenas com odores mostraram que a combinação de donuts e alcaçuz aumentou o fluxo de sangue para o pênis em cerca de 32%", afirma a autora.

Mas o tipo de alimento considerado afrodisíaco pode variar entre as pessoas. Um outro experimento detectou que norte-americanos se excitam com torta de abóbora, ingleses com torta de maçã e alemães com assado com legumes.

O alho e o chocolate são outros dois produtos cotados como estimulantes naturais, mas não há nada que comprove a eficiência deles. "Ninguém sabe ainda se o alho tem mesmo um efeito semelhante ao do Viagra, mas certamente não faz mal nenhum incluir porções generosas em sua dieta", afirma Jill Fullerton-Smith. Os alimentos picantes também têm fama de afrodisíacos, mas não há confirmações. "Podem lhe fazer transpirar, elevar a freqüência cardíaca e o rubor facial. Mais uma vez, por associação, pode ajudar a apimentar a relação."

Outra crença é: quanto mais água melhor. Mas, segundo o livro, isso não passa de um dito popular. "Na realidade, a idéia de que precisamos beber dois litros de água por dia é um mito. A maior parte das pessoas não precisa tomar tanta água para evitar a desidratação. E ingerir mais o líquido não elimina toxinas nem rejuvenesce", revela a autora.

O livro ainda faz uma afirmação mais séria: a intoxicação por água pode provocar arritmia cardíaca, palpitação nas pálpebras e comportamentos semelhantes ao de alguém alcoolizado. Ou seja, o correto não é beber tanto, mas encontrar o equilíbrio. "Você precisa tomar água para repor o que o organismo perde", afirma Jill Fullerton-Smith.