Política Titulo Santo André
Paulinho Serra definirá sigla só no fim de setembro

Ex-vereador afirma que é pré-candidato ao Paço e que não trabalha plano B eleitoral

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
30/08/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Pouco mais de um mês fora dos quadros do governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), o ex-vereador Paulinho Serra (PSD) sustentou que definirá o partido pelo qual será candidato no pleito de 2016 apenas no fim de setembro, às vésperas do prazo limite estabelecido pela Justiça Eleitoral. “Vamos seguir o prazo da legislação. Se não tivesse esse período, a decisão seria mais adiante, faz parte da construção de um projeto”, alegou. O pessedista diz que não trabalha com plano B e admite que a proposta única é entrar na disputa majoritária. Ele é cotado para concorrer ao cargo de prefeito pelo PSDB.

Paulinho recebeu na semana passada convite oficial do diretório andreense do tucanato – deliberação teve votação unânime – e de expoentes estaduais da legenda pelo retorno. O ex-parlamentar não se pronunciou desde então. Ele deixou a sigla em 2012, depois de o projeto de candidatura própria naufragar na ocasião. “É grande honra primeiramente obter do diretório municipal e depois ser avalizado por líderes do partido. Mas, neste momento, a gente coloca essa questão partidária como acessória à construção que pretendemos fazer na cidade”, avaliou.

Não se descarta, no entanto, candidatura pelo próprio PSD. Ex-secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos do Paço, Paulinho classificou que, atualmente, o nível do debate em Santo André “está muito baixo, com discussão somente política, sem propostas”. “Vemos politicagem, baixaria, ataques, ódio e poucos projetos. Dá a impressão que a inteligência da cidade, a produção de políticas públicas deixou de existir junto com o fim da administração Celso Daniel (PT, morto em 2002).”

Três prefeitos ocuparam a Prefeitura neste período: João Avamileno (PT), Aidan Ravin (PSB) e Grana. O pessedista afirmou que vai atuar no sentido de “produzir alternativas e recuperar a massa crítica da população, que está anestesiada”. Segundo Paulinho, o ideal é resgatar a capacidade de apresentar políticas públicas de referência. “Vejo que a cidade está carente de projetos. Santo André tem que voltar a ocupar o protagonismo tanto em indicadores econômicos quanto em números sociais. Perdemos isso na última década. A questão partidária é consequência desse processo de construção.”

Por outro lado, o ex-vereador manteve postura de evitar críticas a Grana. Paulinho ficou dois anos e meio na Pasta, tendo relação de proximidade com o prefeito. Questionado sobre sua participação no primeiro escalão, ele frisou que a “experiência na secretaria foi fundamental e enriquecedora” para mudar visão de gestão pública. Em contrapartida, justificou que era “responsável por um aspecto e não por todas as fórmulas”. “O modelo administrativo dos últimos 10 anos é que considero, principalmente no quesito planejamento e financeiro, responsáveis pela perda de protagonismo.

Tinha de se pensar mais na vocação. Estávamos numa Pasta mais operacional do que estratégica.”
O pessedista avaliou que o Paço apostou “muito no financiamento externo”, em especial, do governo federal, que tem atrasado a liberação de recursos aos municípios devido à crise política e na economia. “Isso foi grande equívoco.” 




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