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Diarinho Artistas com muitas ideias e criatividade
Especial para o Diário
André Henriques/DGABC
Aulas de artes falam bastante sobre obras de artistas que já morreram. Tem também o famoso desenho livre. Esses itens são importantes e devem ser estudados. No entanto, a arte vai muito além.
Pensando nisso, os alunos do colégio Harmonia, de São Bernardo, perguntaram para a professora da disciplina por que eles só estudavam artistas antigos. Então, ela iniciou o projeto Conhecendo o Artista Vivo e explicou que hoje existem profissionais tão bons quanto os que já morreram.
Entre os artistas que visitaram a escola estava Henrique Hammler, que enxerga o mundo da arte como o lado bom da vida, pois nele é possível dar vida a qualquer ideia. Izadora Felipe Carneiro de Lima, 8 anos, curtiu conhecer o especialista. “Pode passar o tempo que for, nunca vou esquecer o dia que o conhecemos. Foi maravilhoso.”
O projeto despertou entusiasmo em todos os alunos e fez com que eles mudassem o ponto de vista sobre algumas questões. “Cheguei a pensar que não tinha mais artista vivo. Nos desanimava aprender somente sobre os que já morreram”, destacou Laura Junko Miyajima, 12, que gostou da iniciativa e se surpreendeu com as técnicas de pintar um quadro. “Antes eu achava que arte era só desenhar no papel. Agora eu vejo que é muito mais do que isso.”
Enzo Shinji Miyamoto, 9, adorou a ideia de conhecer pessoalmente os profissionais. “Ler sobre o artista não é a mesmo de ver e falar com ele. Ao vivo é bem melhor”, diz o garoto, que ficou feliz com o projeto. “Gostei do jeito como ele desenha rápido e bonito.”
A pintura é apenas uma das maneiras de fazer arte. Fotografia, música, escultura, teatro, literatura e cinema também fazem parte disso. Para ser um profissional da área, assim como em qualquer outra profissão, é preciso gostar do que faz e manter o máximo contato possível com o assunto. Por isso, vale procurar cursos, estudar e se especializar.
Alunos fazem arte com tinta e píncel
Os alunos do projeto Viva o Vale da ONG Leões do Vale, em Santo André, conhecem bem o universo de pintura, desenhos e cores. Para Murilo Gabriel Ferreira Monroy, 11 anos, desenhar sempre lhe deu muita alegria, pois estimula a criatividade. “É como se estivesse sonhando. É uma viagem”, afirma o garoto, que é muito elogiado pelos professores e se inspira em obras de arte da Grécia Antiga, por meio do que vê em livros e nos filmes. “Sempre desenhei no papel e quando passei para tela gostei ainda mais.”
Para Natasha Aparecida Ribeiro da Silva, 10, dá para usar a imaginação e entrar dentro do desenho quando está pintando. “Imagino e passo para folha. Isso me faz muito bem.”
Durante as aulas, a maioria dos alunos fica entusiasmada e dá o melhor de si. Manuela Batista de Souza, 9, desenha muito em casa e sempre é a primeira a chegar nas aulas. “Gosto de pintar flores e paisagens”, diz a garota, que pretende ser artista quando crescer.
Durante o curso, não faltam coisas novas para aprender. “Descobri coisas importantíssimas para fazer um desenho legal, como a luz e o sombreamento”, disse Lyandra Oliveira de Alencar, 10. A menina acredita que a melhor maneira de aprender é praticando.
Para participar do projeto, é preciso estar matriculado na escola e se inscrever na Leões do Vale, em Santo André, (Rua Saracanta, 658, tel.: 44594648). Grátis.
Para ser artista basta ter imaginação
Os alunos da Fundação das Artes, de São Caetano, aprenderam que só precisam usar a criatividade para fazer pinturas, modelagem, gravuras, esculturas e até jardinagem. Antes de começar o trabalho, é importante aprender sobre os profissionais da área e conhecer os materiais. Depois, é só colocar a mão na massa.
Agatha de Oliveira Roque, 9 anos, adora criar objetos com argila e tinta. “Gosto de misturar as cores e fazer novos materiais.” Já Renata Mitie Teshima, 8, curte inventar bonecos de isopor, pano, papelão e cola quente. “Uso bastante as cores verde e dourado, minhas preferidas.”
Na infância, é importante conhecer os diferentes tipos de arte, pois são maneiras de se expressar. No entanto, é preciso ter paciência e força de vontade durante a criação de algo. “Não pode ter pressa, tem de prestar atenção e se concentrar”, afirma Luiza Nayumi Tashima, 10.
Para Pedro Rodrigues Muratori, 7, tudo pode servir de inspiração. “Podemos usar histórias de livros e filmes junto com a imaginação”, diz o garoto, que adora usar tinta em seus projetos. “Quando não tem uma cor que preciso, gosto de misturar e criar cores novas.”
Não é fácil explicar o que significa arte. Há séculos o tema é discutido entre especialistas.
O cinema é considerado sétima arte, pois sua produção engloba outras formas de arte.
Para ser artista e entender mais sobre este universo vale visitar exposições, estudar e praticar a área de interesse diariamente.
Histórias em quadrinhos podem influenciar o gosto pela arte, como aconteceu com o artista plástico Edu Cardoso.
Consultoria de Ariane Hecht, professora de artes do Colérgio Harmonia; Antônio Claudio dos Reis, Presidente da ONG Leões do Vale; Maria Izabel Branco Ribeiro, diretora do MAB/FAAP (Museu de Arte Brasileira<CF159>), e dos artistas plásticos Henrique Hammler, Moises Patrício e Edu Cardoso.
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