Economia Titulo Licença
GM dá licença remunerada para 950 funcionários efetivos

Destes, 300 são de São Caetano; justificativa foi a reação do mercado, que não ocorreu como a empresa esperava

Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
26/02/2009 | 07:00
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Além de não renovar os contratos dos 1.633 trabalhadores temporários que estão de licença remunerada, a GM (General Motors) comunicou, na última reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, que a partir de hoje 300 funcionários efetivos saem de licença remunerada até 30 de março. A unidade de São José dos Campos também vai afastar 650 trabalhadores.

"A direção da empresa disse que não há condições de renovar os contratos dos trabalhadores temporários e que estes efetivos estão ociosos na fábrica, porque o mercado não reagiu como esperavam. Como o quadro está preocupante, o sindicato vai junto com os trabalhadores para às ruas manifestar", afirmou Francisco Nunes Rodrigues, vice-presidente do sindicato da categoria.

Em protesto, Nunes disse que hoje a entidade vai realizar uma assembleia na sede da entidade com os 1.633 temporários de licença e, em seguida, farão uma passeata na avenida Goiás, em São Caetano, até o portão 4 da fábrica. Os manifestantes tentarão impedir a entrada de funcionários do segundo turno e paralisar a produção.

Nunes disse ainda que a direção da GM afirmou que, mesmo se o mercado tivesse reagido, 20% dos trabalhadores não seriam aproveitados porque não corresponderam a expectativa da montadora. "Mesmo assim, é um número muito pequeno diante dos 1.633 temporários", comenta o dirigente sindical.

O presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, havia dito que a postura da empresa sempre foi preocupante, porque em todas as reuniões realizadas para discutir o assunto, a direção da GM não trazia nenhuma proposta.

A montadora foi procurada, mas não retornou ao contato da reportagem.

HISTÓRICO - O terceiro turno, que se iniciou em 28 de abril do ano passado, foi extinto pela montadora no dia 19 de janeiro de 2009, quando a GM deu licença remunerada para os 1.633 funcionários temporários. Os efetivos que trabalhavam neste turno foram remanejados.

Nunes afirmou que a GM tinha como objetivo inicial demitir todos imediatamente, alegando que havia registrado queda na produção por causa da crise financeira mundial, da alta dos juros e do baixo consumo.




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