Política Titulo Propaganda política
Sem acordo, partidos seguem com cavaletes

Siglas de Santo André não entram em consenso; Justiça Eleitoral promete rigidez em fiscalização

Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
23/08/2014 | 07:01
Compartilhar notícia
Celso Luiz/DGABC


Sem acordo. Foi assim que terminou reunião realizada ontem entre presidentes de partidos de Santo André para discutir possibilidade de dispensar o uso de cavaletes na cidade na eleição deste ano.
Dirigentes das siglas não entraram em consenso e a exploração de placas nas calçadas do município continua liberada. No entanto, a Justiça Eleitoral andreense alertou que intensificará a fiscalização sobre as propagandas e apreenderá os materiais colados em locais irregulares.

Promovido pela juíza da 156ª Zona Eleitoral de Santo André, Teresa Cristina Cabral dos Santos, o encontro entre as agremiações partidárias foi palco de ásperas discussões entre os dirigentes.

Enquanto uns defendiam abrir mão dos cavaletes na corrida eleitoral, outros alegavam possíveis prejuízos financeiros caso os materiais tivessem de ser recolhidos, já que muitos dos candidatos confeccionaram as placas e ainda contrataram pessoal para distribuir e retirar as propagandas todos os dias.

“Pode ser que os cavaletes de fato não garantam votos, mas é importante para que o eleitor saiba que você é candidato. A propaganda eleitoral já é restrita e o tempo que os candidatos a deputados têm de (participação nas inserções dos partidos na) televisão é pequeno”, comentou a ex-vice-prefeita de Santo André e presidente municipal do PTB, Dinah Zekcer.

Segundo a legislação eleitoral, a colocação de cavaletes, faixas, cartazes e pinturas são permitidas, desde que não tenham mais que quatro metros quadrados e “não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos”.

A lei restringe, porém, a exploração da propaganda eleitoral em bens públicos, como postes, viadutos, passarelas e paradas de ônibus, por exemplo. No caso dos cavaletes, só devem estar nas ruas entre as 6h e as 22h. A multa para quem descumprir as regras varia de R$ 2.000 a R$ 8.000.
“O que vimos hoje (ontem) foi retrocesso. Porém, retrocesso não para os partidos, mas para a cidade. Quem sai perdendo é o cidadão”, frisou o presidente do PSB de Santo André, Donay Neto. O partido havia reivindicado que o uso de cavaletes fosse pelo menos moderado no município.

Em 2012, os dirigentes partidários chegaram a celebrar acordo para dispensar esse tipo de propaganda, mas o pacto não foi cumprido à risca por algumas legendas. Desta vez, os defensores dessa prática alegaram que o uso de cavaletes já é regulamentado pela legislação eleitoral. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;