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Comunidades de Diadema serão urbanizadas no segundo semestre

Cerca de 3.000 famílias serão beneficiadas por obras de infraestrutura

Por Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
30/03/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


As obras de urbanização nos loteamentos Iguassu, Sítio Joaninha e Complexo Caviúna, em Diadema, devem começar no segundo semestre. O anúncio foi feito ontem pelo prefeito Lauro Michels (PV) com a presença do secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), em eventos realizados em cada uma das comunidades.

Localizados em área de manancial, os três pontos dependiam de licenças ambientais da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), concedidas à Prefeitura no fim de fevereiro, para dar sequência ao projeto. Estão previstas instalação de redes de esgoto, pavimentação, remoção de áreas de risco e outras intervenções na infraestrutura.

O loteamento Iguassu também será contemplado com a construção de 83 sobrados e 57 melhorias em casas já existentes. Já o Complexo Caviúna deve receber 440 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.

Cerca de 3.000 famílias serão beneficiadas, segundo o secretário de Habitação de Diadema, Eduardo Monteiro. O investimento total é de aproximadamente R$ 45 milhões. Da quantia, R$ 32 milhões foram liberados pelo governo federal por meio do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) e R$ 13 milhões são a contrapartida da Prefeitura.

O prefeito Lauro Michels (PV) aguarda liberação da Caixa Econômica Federal para dar início às licitações e, em seguida, às obras. Após conclusão das intervenções, as residências serão regularizadas. “Essas casas precisam ter planta, justamente para a população ter documentação. Quando pegar o carnê do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), terá a segurança de que aquele imóvel é parte dela.”

O secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), esteve no Sítio Joaninha e Complexo Caviúna e ressaltou a importância das três comunidades que serão beneficiadas. “Tivemos muitas discussões com os técnicos até encontrar fórmula que contemplasse a legislação e o município. Tomara que este seja o primeiro de outros processos de urbanização nessas áreas.”

“A partir de agora (os moradores) receberão infraestrutura. Vai colaborar para que essas pessoas tenham a escritura definitiva do imóvel, que é a regularização fundiária. E isso só foi possível por causa da Lei Específica da Billings, que reconhece esses bairros”, afirma o deputado estadual Orlando Morando (PSDB).

Segundo a deputada estadual Regina Gonçalves (PV), Diadema foi a primeira cidade a conseguir a licença ambiental para núcleos habitacionais no Grande ABC dentro do Pris (Programa de Recuperação de Interesse Social). “A licença (concedida pela Cetesb) é o começo para trazer serviços básicos e dignidade à população.”


Moradores do loteamento Iguassu aguardam intervenções

Há quase duas décadas no loteamento Iguassu, a presidente da associação de moradores Marivalda Santos Dias, 41 anos, espera que, agora, o projeto de urbanização da área saia do papel. “A gente quer moradia digna. Só isso.”

Segundo a líder comunitária, entre os principais problemas enfrentados pela população estão a falta de rede de esgoto, luz e pavimentação. “Em dia de chuva, a perua escolar não sobe aqui para pegar as crianças. Temos ‘gato’ (ligação clandestina para conseguir energia elétrica). Quase toda semana roubam os fios, e a gente fica no escuro.”

O técnico em mecânica Lauro Silva de Andrade, 52, chegou ao Iguassu em 1995 e, desde então, acompanha o esforço da comunidade em busca da regularização. “Quando não tem lamaçal, é poeira. Tudo é longe.”

A expectativa do morador, no entanto, é de que a realidade do loteamento mude. “Promessa a gente sempre ouve e acredita. Mas nunca vimos nada acontecer. Esperança e confiança é o que mais temos. Mas só vou ter certeza quando tiver alguma coisa real.”
 




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