Política Titulo Passeata
Oposição realiza 1° ato em
prol da CPI dos Uniformes

Protesto em S.Bernardo reuniu 200 pessoas;
vereadores buscam apoio para adesões à ação

Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
30/03/2014 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A bancada de oposição ao governo do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), realizou ontem a primeira passeata a favor da CPI dos Uniformes. Travada no Legislativo, a comissão serve para investigar, na Câmara, as licitações de 2009 para compra de kits escolares com comprovação de superfaturamento e conluio, segundo o Ministério Público.

O protesto reuniu 200 pessoas – segundo organizadores – e saiu da Praça Lauro Gomes, seguindo pela Avenida Marechal Deodoro, na região central da cidade. Até ontem, articulações para emplacar a CPI se concentravam na Câmara e em plenárias de prestação de contas do PPS.

Com cartazes e apitos, os manifestantes criticaram o desvio de pelo menos R$ 3 milhões na compra de mochilas e tênis oferecidos a alunos da rede municipal, conforme concluiu o Gaeco ABC (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

A Polícia Militar acompanhou o trajeto, que parou o trânsito em alguns momentos. Transeuntes eram informados sobre o motivo do protesto e recebiam panfleto indicando quais vereadores assinaram a CPI e aqueles que rejeitam a ação.

Em cima de carro de som, Julinho Fuzari, Marcelo Lima, Osvaldo Camargo, Manuel Martins (todos do PPS), Pery Cartola (Solidariedade) e Juarez Tudo Azul (PSDB) não pouparam críticas a Marinho.

“O prefeito terá de responder a esses escândalos de corrupção. Mas ele não faz nada, é um pamonha”, disse Camargo. “O ato de hoje (ontem) é o início de grande mobilização pela cidade”, considerou Juarez. Pery enalteceu a união da oposição durante o ato. “Com certeza conseguiremos instaurar a CPI.”

Para que a ação seja levada ao plenário da Câmara são necessárias dez assinaturas. Atualmente o documento preparado pela oposição tem oito adesões, sendo uma de José Alves da Silva, o Índio (PR), que integra a bancada de sustentação do prefeito na Câmara.

Autor de outro pedido de averiguação, Hiroyuki Minami (PSDB) se mantém como o único opositor do governo petista que não aderiu à CPI por considerar o documento genérico, sem aprofundamento.

Responsável pela coleta de assinaturas, Julinho Fuzari acredita que a pressão popular resultará em novas adesões. “A população está atenta e com certeza vai questionar aqueles que não querem transparência na gestão pública”, frisou.

Na sexta-feira, a secretária de Educação, Cleuza Repulho (PT), se reuniu com os vereadores da base governista para minimizar a possibilidade de novas adesões à comissão proposta pela oposição.




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