Este encontro é o primeiro desde que a Otan desencadeou os ataques contra a Iugoslávia, que provocaram o esfriamento das relaçoes entre Washington e Moscou.

A reuniao da Otan da segunda-feira ``mostrou que os Estados Unidos e os aliados acreditam no papel potencialmente construtivo da Rússia, na promoçao e aplicaçao de um cessar-fogo em Kosovo, baseado nas condiçoes' dos aliados, declarou o porta-voz do Departamento de Estado, James Rubin, aos jornalistas no aviao em que viajava a Oslo.

Estas condiçoes incluem o fim da repressao promovida pelas forças sérvias, a retirada destas forças da província e o regresso dos albaneses ao Kosovo, sob proteçao militar internacional.

Na segunda-feira, em Bruxelas, os 19 países aliados reiteraram sua determinaçao a continuar os bombardeios até que o presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, respeite as condiçoes.

Albright se encontrará por duas horas com Ivanov, e depois darao uma coletiva à imprensa.

A secretária norte-americana de Estado afirmou na segunda-feira que ``há que se encontrar um meio para que a Rússia participe de uma soluçao' para o conflito. Afirmou, ainda, que vai ``tentar resolver as divergências e encontrar um terreno de entendimento' com a Rússia.

Moscou se opoe aos ataques da Otan à Iugoslávia e diverge totalmente de Washington sobre a forma de chegar a uma soluçao para o Kosovo. A Rússia rompeu com a Otan e tem ameaçado dar ajuda militar a Belgrado, provocando uma velada reaçao de Washington.

Por sua vez, Rubin lembra que Moscou é integrante do Grupo de Contato para a ex-Iugoslavia, que elaborou o projeto de acordo de paz de Rambouillet (França).

Este texto, que prevê uma ampla autonomia para a maioria albanesa do Kosovo, foi aceito pelos kosovares mas rechaçado por Belgrado.

``Vamos continuar tentando aproximar as posiçoes da Rússia às da comunidade internacional', explicou Rubin.