Candidato ao governo do Estado pelo DC, Adriano Costa e Silva, major do Exército, e seu assessor Hamilton Munhoz, também militar, sofreram ataque a tiros na noite de ontem na Estrada da Cooperativa, na divisa entre Mauá e Ribeirão Pires, informou sua assessoria, que trata o caso como atentado. Segundo BO (Boletim de Ocorrência), o fato ocorreu por volta das 21h, quando a dupla voltava de agenda política em Mauá.

De acordo com o registro dos policiais, Major Costa e Silva e Munhoz estavam em um Mitsubishi Pajero, conduzido pelo assessor do candidato, quando dois indivíduos, cada um pilotando uma moto, “emparelharam com o veículo do candidato e efetuaram disparos”. Ainda segundo o documento, Costa e Silva e seu assessor “revidaram aos disparos e desviaram o carro para um acostamento”, o que fez com que o veículo capotasse para dentro de córrego. “Os motociclistas se evadiram para local ignorado”, diz o BO.<EM>

Ao Diário, a policial militar Fátima Aparecida Santos de Souza (DC), candidata a vice na chapa do major Costa e Silva, relatou que Hamilton Munhoz teria sido baleado, mas que não teria sofrido ferimentos porque estava de colete à prova de balas. “A gente estava em campanha o dia todo, em Mauá. Por volta das 18h30, a gente estava no Shopping de Mauá quando fomos pegar material (de campanha) no carro dele. Como eu ainda tinha agenda, ele (Costa e Silva) ficou de levar (o material) para a minha casa. Nem cheguei em casa direito e comecei a receber mensagens de pessoas me ligando (relatando o ocorrido), informações no nosso grupo de campanha (em aplicativos de mensagens). (Recebi) Muitas ligações de policiais da minha área (onde atua como policial), porque (a notícia) caiu no (telefone do) Copom. (Policiais) Souberam e ficaram preocupados com a minha integridade. Queriam saber como eu estava”, contou Fátima, que no momento em que conversou com a equipe de reportagem do Diário, pelo telefone, relatou que estava no local. “Tem cápsulas no chão. O carro capotou para o rio e as rodas estão para cima”, disse.

AMEAÇA
Cabo Fátima, como é conhecida, relatou que, ainda ontem, Costa e Silva contou que vinha sofrendo ameaças. “Durante a tarde, quando a gente parou para tomar café, ele (Costa e Silva) me mostrou umas mensagens pelo celular e disse: ‘Olha isso aqui’. Agora estou tão nervosa que não lembro ao certo (o teor das mensagens). Eram mensagens de ameaça, não sei... (Algo no sentido de) A casa vai cair. Parece que a pessoa não se identifica, perfil fake.”

Major Costa e Silva e seu motorista foram levados para o Hospital Santa Helena, em Santo André. A assessoria do hospital confirmou que os dois deram entrada na unidade, e até o fechamento desta edição permaneciam em atendimento. Segundo pesquisa Ibope divulgada ontem, Major Costa e Silva figura a quinta colocação, com 3% de intenções de voto. (Colaborou Caroline Garcia)