A Copa de 2014 é o objetivo de quem administra Campo Grande e o Mato Grosso do Sul hoje, pouco mais de cinco anos antes do início da disputa dentro de campo. A cidade briga para ser uma das 12 sedes do Mundial, e tem em Cuiabá (MT) a sua maior ‘inimiga'.

A Fifa já deixou claro que uma das duas receberá a ‘Copa do Pantanal', e a capital do Mato Grosso do Sul não mede esforços para ser a escolhida.

A cidade esbarra na falta de tradição em receber espetáculos esportivos de grande porte. Até mesmo a quase inexpressividade dos times de futebol locais conspira contra - a melhor colocação em Campeonatos Brasileiros foi um terceiro lugar em 1977, com o Operário.

Nem mesmo o material de campanha pode ‘defender' a capital mato-grossense-do-sul no quesito tradição. Eventos menores envolvendo futsal e vôlei, além de preparatórios com a seleção de base no futebol são listados.

O Estádio Pedro Pedrossian, o ‘Morenão', está longe dos padrões mínimos para receber partidas de grande porte. Infiltrações e estrutura arcaica estão à mostra.

Contra a realidade atual, a parceria entre o governador André Puccinelli e o prefeito Nelson Trad Filho, ambos do PMDB, não poupa argumentos em favor da candidatura e faz planos futuros.

Para superar os problemas, o governo pretende destinar R$ 1,6 bilhão em investimentos de forma geral. Aproximadamente um terço disso apenas para a reforma do estádio, que terá capacidade para 44.355 pessoas, segundo o projeto inicial.

O governador sinaliza com o investimento, mas ainda se mostra reticente em exibir os recursos. "Teremos a colaboração da iniciativa privada. Apresentaremos o dinheiro assim que formos escolhidos", explica Puccinelli. Lembra ainda que a maior parte do Pantanal está em terras mato-grossenses-do-sul, o que por si representaria um argumento definitivo.

Já o prefeito de Campo Grande exalta a infraestrutura da cidade como um todo, além da proximidade com os países vizinhos Paraguai e Bolívia, de quem já teria recebido o apoio. "Estamos preparados para representar os brasileiros e fazer bonito num evento dessa magnitude", diz Trad.