Política Titulo Suspense
Eleições a presidente das Câmaras estão indefinidas às vésperas da posse

Apenas Mauá, com Admir Jacomussi, e Diadema,
com Marcos Michels, já têm mandatário definidos

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
01/01/2017 | 07:00
Compartilhar notícia
Montagem/DGABC


Prefeitos, vice e vereadores tomam posse hoje com indefinição na eleição para presidência das Câmaras na maioria das cidades. Somente Diadema e Mauá avançaram o debate e já decidiram o pleito. Nas demais cidades, as articulações seguirão até momentos antes do início da solenidade oficial.

Em Mauá, o prefeito eleito, Atila Jacomussi (PSB), costurou votos necessários para que seu pai, o vereador reeleito Admir Jacomussi (PRP), tivesse tranquilidade para comandar a Casa. Até mesmo o candidato a vice está definido: Betinho da Dragões (PR). Há expectativa de votação maciça em Admir Jacomussi, que será presidente do Legislativo pela quarta vez.

O prefeito reeleito de Diadema, Lauro Michels (PV), desconstruiu articulação que colocaria Rivelino Teixeira de Almeida, o Pretinho (DEM), como mandatário da Casa com votos dos petistas, oposição ao seu governo. Em articulação que envolve até mesmo espaço no primeiro escalão do Paço, o governo emplacará Marcos Michels (PSB), primo do prefeito, como presidente. A chapa única contará com Salek Almeida (DEM, primeiro vice-presidente), Paulo Bezerra (PV, segundo vice), Pretinho (primeiro secretário), Audair Leonel (PPS, segundo secretário) e Companheiro Sérgio Ramos Silva (PPS, terceiro secretário).

Em Santo André, o favoritismo está com Almir Cicote (PSB), com patrocínio do prefeito eleito, Paulo Serra (PSDB). Entretanto, o governista Jobert Minhoca (PSDB) já lançou seu nome ao comando da Casa. E há quem aposte numa reviravolta – como aconteceu nas três últimas eleições internas – e Elian Santana (SD) seja alçada ao cargo.

Pery Cartola (PSDB) é o favorito para presidir a Casa de São Bernardo, em articulação do prefeito eleito, Orlando Morando (PSDB). Porém, não está descartada a indicação de Toninho Tavares (PSDB) para o posto como forma de contemplar a família Tavares, que ficou fora do primeiro escalão do tucano. Juarez Tudo Azul (PSDB) corre por fora.

Em São Caetano, o suspense é sobre quem o futuro prefeito, José Auricchio Júnior (PSDB), vai indicar. Hoje há divisão entre Edison Parra (PSB) e Marcel Munhoz (PPS). Parra utiliza argumento da fidelidade para triunfar. Munhoz usa o fato de ter sido o mais votado em outubro. Entretanto, há quem aposte que, de última hora, Auricchio coloque Tite Campanella (PPS) como seu candidato. O governo Paulo Pinheiro (PMDB) terá representante: Sidão da Padaria (PMDB). Homem-forte da gestão, Nilson Bonome (PMDB) pediu votos ao correligionário, embora assegure que não participará do pleito nos bastidores.

Prefeito eleito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB) apresentou Rubão Fernandes (PSD) como candidato e diz contabilizar votos necessários. José Nelson da Paixão (PPS) será o nome da oposição e pode complicar o pleito.

Gabriel Maranhão (PSDB), de Rio Grande da Serra, deve confirmar João Mineiro (PSDB) como candidato governista depois de perder queda de braço com a base – sua preferência era por Israel Mendonça (PTN).
 

PT articula cargo na mesa em S.Bernardo

Com representação reduzida na Câmara de São Bernardo, de oito para cinco lugares, e sem articulação com os demais partidos que irão integrar a bancada de oposição do governo Orlando Morando (PSDB), os futuros vereadores PT são-bernardense cogitam ficar de fora da disputa pela presidência da Casa, eleição marcada para hoje, depois da cerimônia de posse de Morando como prefeito. Em contrapartida, a sigla busca espaço na mesa diretora ou em funções nas comissões permanentes da Casa.

A tática, discutida nos bastidores, visa copiar modelo praticado pelos correligionários na Assembleia Legislativa, que nos últimos pleitos conquistaram assento entre os principais cargos diretivos da Casa. Exemplo foi na disputa de 2015, quando os petistas adbicaram de concorrência vencida por Fernando Capez (PSDB), mas garantiram Jilmar Tatto (PT) na função de primeiro secretário.

“Sou favorável à composição, por este modelo feito pela Assembleia. Não significa deixar de fazer oposição, mas sim entender que como inferioridade numérica é preciso buscar melhor representação”, destacou José Luís Ferrarezi (PT). Os demais integrantes do petismo na Câmara são Tião Mateus, Toninho da Lanchonete, Ana Nice e Joilson Santos, os dois últimos estreantes na função eletiva.

A tática petista, porém, deve falhar. Os aliados de Morando tendem a não negociar espaço em troca de apoio por já ter conquistado 18 votos para definir o representante – ampla maioria. Diante desta possibilidade, foi comentado que os petistas devem mesmo assim deixar de lançar um nome para a disputa interna. (Leandro Baldini)
 

Só Grana e Donisete devem transmitir cargos a sucessores

Somente os prefeitos Carlos Grana (PT), de Santo André, e Donisete Braga (PT), de Mauá, devem comparecer à solenidade de transmissão de cargo hoje pela manhã. Os demais chefes de Executivo avisaram que não estarão na posse dos sucessores.

Grana perdeu para o ex-vereador Paulo Serra (PSDB) em outubro, mas sua presença é esperada no ato oficial que começa às 10h, na Câmara. Donisete, derrotado pelo deputado estadual Atila Jacomussi (PSB), deve aguardar o socialista no gabinete na Prefeitura para tradicional foto de transmissão de cargo.

Paulo Pinheiro (PMDB), de São Caetano, viajou com a família em férias. Luiz Marinho (PT), de São Bernardo, confirmou que não estará na solenidade que empossará Orlando Morando (PSDB). Saulo Benevides (PMDB), de Ribeirão Pires, é outro que não deve aparecer no ato hoje. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;