Parte de terreno na Avenida Adilson Dias Souza, na altura do número 1.004, no Jardim Zaíra 6, em Mauá, virou lixão irregular. Diversos resíduos e até colchão compõem a área onde, segundo os moradores, deveria existir uma praça.

A equipe do Diário esteve ontem no local e encontrou lixo em toda a área, além de moscas e mau cheiro. Segundo moradores, a situação está assim há anos e a promessa de resolver o problema fica apenas no papel.

O aposentado Hilário Neto, 73 anos, diz que há alguns anos a Prefeitura instalou cesta de lixo para evitar o descarte incorreto no terreno. Porém, a lixeira não suportou a demanda, e o que se vê é excesso de lixo espalhado pela área.

Além desse problema, crianças e cachorros circulam normalmente pelo local. Quem mora próximo sofre também com ratos e baratas. Segundo Rosemeire Regina, 44, que mora na rua atrás do local, "a vizinhança encontrou até cobra." Ela ainda lembra que, além de reclamar, os moradores fizeram abaixo-assinado e procuraram as autoridades. "Mas ficou um empurrando para o outro e ninguém resolveu."

A estudante Isabel Sales, 37, afirma que procurou a Prefeitura por diversas vezes, mas a questão não foi resolvida. "Trouxemos o chefe da regional e ele disse que iria ver o que poderia ser feito." Para ela, os moradores também são responsáveis pelo problema. "Temos de ter consciência. Espere o horário do coletor passar e coloque o lixo para fora", sugere.

Segundo a dona de casa Helena de Albuquerque, vizinha do terreno, a responsabilidade de tanto lixo espalhado não é dos coletores. "A culpa é de quem joga lixo lá."

O aposentado Acyr Guimarães, 64, concorda, mas afirma que o caminhão de coleta, que passa três vezes na semana, retira apenas o que está em sacos. "O que está no chão, como madeira e colchão, fica jogado. Ninguém limpa."

Os moradores reivindicam que no local seja feita praça que, segundo eles, está somente no cadastro da Prefeitura. Procurada, a administração informou que não saberia dizer se o terreno é público ou particular.