Política Titulo CPI da saúde
Justiça dá reintegração, mas segue ocupação em Ribeirão
Por Vitória Rocha
Especial para o Diário
02/06/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A juíza Maria Carolina Marques Caro Quintiliano, da 3ª Vara de Ribeirão Pires, concedeu na noite de ontem liminar a favor da reintegração de posse da Câmara. O pedido foi feito pelo presidente da Casa, José Nelson de Barros (PMDB), após 15 integrantes da UJS (União da Juventude Socialista) invadirem o plenário, na tarde de terça-feira, em protesto ao engavetamento da CPI da Saúde. Porém, a decisão não foi cumprida e os jovens continuam acampados no Legislativo.

Assim que a liminar foi assinada, oficial de Justiça foi à Câmara para comunicar a decisão. Foi interrompido inúmeras vezes pelos manifestantes e não conseguiu ler nenhum trecho do texto da magistrada. Além disso, a juíza Maria Carolina determinou a identificação de todos envolvidos no episódio, mas os jovens se recusaram a dar os documentos, travando o andamento da ação.

Pela liminar, os integrantes da UJS têm 24 horas para se retirarem do local a partir do momento que forem oficialmente citados. O descumprimento causaria multa diária de R$ 10 mil para cada um dos ocupantes da Câmara.

“Sei que o oficial de Justiça foi à Câmara e que disse que a liminar é endereçada para a UJS, mas até agora não nos oficializaram. A permanência vai durar até a ordem judicial. A manifestação é pacífica, não tem o intuito de ir contra atos judiciais”, disse João Cláudio Santos, advogado da UJS. Mas a direção da entidade na cidade garantiu que permanecerá no plenário. “A gente vai resistir. Se tivermos de sair, vamos sair no último minuto”, avisou Raíssa Braga, 18, vice-presidente do grupo em Ribeirão.

Durante o dia, o clima ficou sob tensão entre manifestantes e a GCM (Guarda Civil Municipal). O primeiro entrevero aconteceu depois que jovens questionaram a presença de guardas-civis no Legislativo. Outro bate-boca aconteceu quando oficiais impediram a entrada de caixas de som na Casa.

Zé Nelson compareceu à Câmara, mas, hostilizado pelo grupo, logo deixou a sede. Segundo representante da UJS, o protesto também tem como alvo o presidente do Legislativo.

A CPI da Saúde chegou a receber votos suficientes para entrar em funcionamento na Câmara, mas Zé Nelson evita abri-la. Segundo ele, há motivos eleitorais na comissão, que terá como objetivo investigar contratos da Prefeitura com a FUABC (Fundação do ABC) e com a Santa Casa. 




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