Irã e Síria qualificaram como perigosos e inúteis os grandes acordos de venda de armas que os Estados Unidos planejam assinar com seus aliados no Oriente Médio para combater a influência "negativa" de seus inimigos.

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Manuchehr Mottaki, declarou que "os esforços americanos para vender bilhões de dólares em armas e propagar teorias falsas na região são oportunistas e infrutíferos do início ao fim". "O objetivo (dos Estados Unidos) é impedir que os fabricantes de armas americanos quebrem", afirmou.

Mottaki acusou "os políticos da Casa Branca, muitos dos quais são acionistas de grandes fabricantes de armas, de tentar abusar de sua posição para criar um clima psicológico vulnerável que colabore para seus enormes lucros".

Na mesma linha, seu colega sírio, Walid Muallem disse que se tratava de um projeto no mínimo "perigoso". "Aquele que quer fazer a paz não começa com uma iniciativa de armamento perigosa na região", argumentou Muallem.
 
Acordos - O programa prevê o fornecimento de armas no valor de US$ 13 bilhões ao Egito, de US$ 30 bilhões a Israel e de US$ 20 bilhões à Arábia Saudita. Além disso, outros US$ 20 bilhões serão destinados a diferentes países do Golfo, que também serão beneficiados pelo projeto americano.