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Muros da CPTM na região estão repletos de publicidade clandestina
Por Kelly Zucatelli
Diário do Grande ABC
26/07/2008 | 07:06
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Os muros da linha 10 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que atende o Grande ABC, estão repletos de publicidade. A reportagem do Diário percorreu o trajeto paralelo à via férrea e constatou que as paredes têm propagandas de lojas de carro, pizzarias, escolas e prestações de serviços como limpar seu nome.

As pinturas, sem autorização da CPTM, custam entre R$ 120 e R$ 150 para um prazo de 90 dias, segundo um pintor que trabalha na publicidade clandestina há cerca de 10 anos.

Mauá é a cidade que mais sofre com a poluição visual nos muros da CPTM - principalmente, nas avenidas Brasil e Capitão João. Nas paredes da linha férrea no município é difícil encontrar espaços vagos. Apenas os trechos murados com gradil de concreto ficam livres das pinturas. Nas imediações da estação Guapituba, por exemplo, o trecho de publicidades começa muito antes do ponto de partida, próximo ao Viaduto da Saudade.

Em Santo André, a concentração de publicidade se dá mais nos muros mais próximos do Centro. Em Ribeirão Pires, a quantidade de anúncios nos muros da CPTM é menor, mas a cidade já apresenta trechos de maior incidência de propagandas clandestinas.

Em nota, a CPTM informou que na medida que identifica os responsáveis pela propaganda irregular ou colagem nos muros, a empresa os aciona judicialmente.

A companhia mantém parcerias com escolas, prefeituras e entidades, para conscientizar as comunidades sobre a importância em conservar espaços públicos. Como exemplo, a realização de oficinas de grafitagem contribuem para revitalizar os muros e seu entorno em vários trechos.

ESTÉTICA
Para o responsável pelo Núcleo de Arquitetura e Design da Uniban (Universidade Bandeirantes), Fabiano Pereira, a publicidade clandestina barata é feita nos muros porque as pessoas se acham no direito de ter posse de um bem que não é delas e que ninguém está cuidando. "Quando não tem uma legislação para coibir fica muito difícil."

O especialista sugeriu que uma alternativa publicitária mais viável e menos agressiva seria, por exemplo, o patrocínio empresarial para que profissionais fizessem intervenções artísticas nos muros, apresentando o nome da empresa.




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