O parque tecnológico de Santo André será credenciado pelo governo do Estado de São Paulo amanhã, conforme o Diário antecipou na sexta-feira. O secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Geraldo Alckmin, virá ao Grande ABC para oficializar o projeto. A cerimônia terá início às 9h no Teatro Municipal de Santo André.

Há cerca de uma semana e meia a Prefeitura conseguiu enviar ao governo o documento que faltava para sua aprovação no SPTec (Sistema de Parques Tecnológicos do Estado de São Paulo): a comprovação da área em que o projeto será implementado.

Hoje já é sabido que parte da área total do parque, de 1,082 milhão de m², será constituída em 267 mil m² nos terrenos da Prefeitura, Pirelli, Prysmian e TIM que beiram a Avenida dos Estados. Os outros 815 mil m² estão no Parque Andreense, onde 490 mil m² são aproveitáveis, tendo o restante de ser preservado. Como 50 mil m² já serão ocupados por 15 empresas integrantes da Atplas (Associação dos Transformadores de Plástico), sobram 390 mil m² para serem integrados.

Um dos fatores que levaram o governo a aprovar o centro de desenvolvimento tecnológico, na avaliação de Jorge Guzo, secretário de Administração e Modernização de Santo André, foi a existência de grupos de sinergia, que objetivam fazer o levantamento da atual situação das cadeias petroquímica, química, plástico, borracha e metalmecânico. "A ideia é identificar as dificuldades de cada uma delas e as técnicas tecnológicas que estão utilizando para buscar recursos a fim de fortalecê-las", diz Guzo.

As reuniões entre os grupos - divididos em dois, ficando separado somente o metalmecânico - já vêm ocorrendo há seis meses. "Somente nos últimos três meses nos encontramos duas vezes com o pessoal do governo do Estado, solicitando ajuda para retomar o crescimento econômico dos setores. Para mim, este foi o desfecho para a aprovação do parque tecnológico. Eles ficaram entusiasmados com o que consideraram a pré-existência de um verdadeiro parque tecnológico virtual", explica.

A ideia da formação dos grupos surgiu a partir do dado que indica a perda de 53% da arrecadação de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) entre 2001 e 2008, fruto de estudo desenvolvido em parceria das secretarias do Desenvolvimento Econômico e da Administração e Modernização com a UniABC. Foi levantado também quais municípios no Estado aumentaram a geração de suas riquezas nos últimos anos para que fossem seguidos como modelo.

Participam das reuniões dos grupos de sinergia representantes do Ciesp, Senai, UFABC, UniABC e Fundação Santo André.