Política Titulo Santo André
Governo admite conversa com executiva municipal do DEM
Por Matheus Adami
Especial para o Diário
08/03/2009 | 07:00
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Apesar de afirmar desconhecer qualquer conversa com o prefeito Aidan Ravin (PTB), o presidente do DEM de Santo André, Raimundo Salles, pode, em breve, ser convidado pelo Executivo para tratar sobre um possível acordo envolvendo governabilidade. A assessoria de Aidan confirmou que o chefe do Executivo conversará com as lideranças do democratas.

O convite vem ao encontro a vontade dos três vereadores da sigla. A contragosto, a bancada afirmou que está fora da base aliada do prefeito no Legislativo, embora ainda não tenham, efetivamente, declarado posicionamento de oposição.

Segundo definição do vice-presidente da Câmara Luiz Carlos Pinheiro, o Pinheirinho (DEM), o momento é de "oposição provisória".

No entanto, a posição adotada na ocasião deve ser revista, caso o encontro entre o governo e o DEM realmente ocorrer. Segundo o vereador Evilásio Santana Santos, o Bahia, o apoio "só depende da vontade do governo".

"O prefeito está conversando com todos os partidos. O DEM não é mais nem menos que nenhuma outra sigla", informou a assessoria do Paço.

Na semana passada, Aidan deu seguimento à agenda de encontros com as lideranças partidárias. Na segunda-feira, o partido da vez foi o PSB. Logo em seguida, Aidan conversou com PDT e PSL.

INSATISFAÇÃO - O fato de o chefe do Executivo ter conversado primeiramente com o PSB gerou mal-estar entre os vereadores do DEM. "É um desrespeito da parte dele (Aidan)", disse Bahia. "Nossa vontade é fazer um acordo para ir para a base, mas o governo tem de chamar o partido e conversar", ponderou.

Além de se sentirem preteridos pelo prefeito, os vereadores alegam outros motivos para tenderem a um posicionamento contrário ao governo. "Acredite se quiser: eu não consigo limpar um bueiro. Sinto que estou sendo travado", declarou Pinheirinho.

O líder da bancada, Geraldo da Silva Souza, o Isqueiro, reforçou, no entanto, que a vontade da bancada é seguir o governo. "Infelizmente, somos obrigados a seguir direções opostas."

Mesmo assim, pessoalmente, bancada e presidência tem posições diferentes em relação a Aidan: enquanto os vereadores declaram abertamente que, se dependessem somente deles, estariam na sustentação, e que não há possibilidade de haver voto dividido, Salles já adotou postura contrária ao Executivo.

Supervisão Juliana de Sordi Gattone




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