Política Titulo Bate-boca
Briga entre vereadores
reacende Código de Ética

Confusão aconteceu no começo da sessão, quando definiram
José Cloves como representante do Legislativo em comissão

Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
21/02/2013 | 06:53
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O bate-boca, que por pouco não virou agressão física, entre os vereadores Osvaldo Camargo, o Oslvadinho (PPS), e Paulo Dias (PT) durante a sessão de ontem recolocou em pauta a discussão sobre um código de ética na Câmara de São Bernardo.

A proposta foi debatida na legislatura passada, mas não avançou. Agora, o presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), pretende designar uma comissão para rediscutir a proposta.

A confusão aconteceu no começo da sessão, quando os líderes dos partidos com representação na Casa definiram o parlamentar José Cloves (PT) para ser o representante do Legislativo na comissão preparatória para a 2° Conferência do Concidade (Conselho da Cidade e do Meio Ambiente).

Quando a indicação do petista ia ser aprovada, Osvaldinho proferiu um palavrão e pediu a impugnação do acordo. "Mas que m... Não aprovam nenhum requerimento meu e querem aprovar isso agora?", esbravejou o popular-socialista.

Incomodado com a declaração do colega, Paulo Dias, líder da bancada do PT, foi ao encontro do oposicionista. "Bate em mim, bate em mim", disse Osvaldinho, mostrando o rosto.

Os vereadores que estavam próximos interviram, impedindo que os parlamentares partissem para as vias de fato. O popular-socialista alegou que não foi consultado sobre o acordo entre as lideranças.

"Se o líder da bancada (do PPS, Julinho Fuzari), fez acordo, eu não fiz", frisou. Julinho desmentiu o aliado, afirmando que bancada popular-socialista estava ciente da indicação.

Paulo Dias chegou a declarar que entraria com representação contra Osvaldinho por falta de decoro parlamentar, mas depois os dois conversaram e o entrevero foi resolvido.

Após a confusão, o presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), relatou a importância de um Código de Ética. "Todo Legislativo tem um, aqui ainda não tem por que na legislatura anterior se criou uma comissão para isso, que acabou não dando o parecer final para o projeto ser colocado (para votação) em plenário. Espero que agora, após a definição das comissões (permanentes da Casa) a gente possa designar uma comissão para cuidar desse assunto", disse o petista.

O Código de Ética foi apresentado na Câmara em 2010, pelo grupo formado pelos vereadores Matias Fiúza (PT), Gilberto França (PMDB), Antonio Cabrera (PSB), Hiroyuki Minami (PSDB), Marcelo Lima (PPS), Estevão Camolesi (PPS) e Ramon Ramos (DEM, agora no PDT).

A proposta foi colocada em pauta após o polêmico episódio do ‘voto fantasma', quando um sufrágio a mais apareceu no painel de votação da Casa, sem a presença do vereador em questão.

 

 




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