O enredo escolhido pela São Jorge para o Carnaval andreense deste ano trata dos conflitos entre o bem e o mal. Definido no meio do ano passado, os integrantes da escola não imaginavam que a agremiação sofreria ato de maldade. Há três semanas o barracão foi invadido e algumas alegorias foram destruídas de forma proposital. “Foi momento muito triste”, disse a primeira-dama Simone Alves Lino.

O presidente José Carlos Lino precisou de atendimento médico depois que viu os braços de bonecos dos carros alegóricos arrancados.

Mas se a escola quase virou notícia por algo negativo, o enredo O Auto da Barca do Inferno vai provar que a bondade compensa.

A escola pretende mostrar na avenida o embate entre a bondade e a maldade, além das consequências que as escolhas podem trazer às pessoas.

Simone promete levar muito luxo e requinte para o desfile. Apesar dos problemas com a destruição de parte das alegorias, o fato incentivou a comunidade a se empenhar e ajudar a escola neste momento difícil.

“Praticamente todo o trabalho que tivemos prejudicado já foi reconstruído. Estamos prontos e motivados”, disse.
Pudera. A notícia do ocorrido trouxe de volta muitos integrantes da velha guarda, que não frequentavam a escola há algum tempo. O barracão vive cheio. Tudo para compensar o ato criminoso.

O trabalho vem sendo feito com o objetivo de a agremiação retomar as conquistas. Fundada em 1987, o último título da São Jorge foi conquistado em 2007, no Grupo de Acesso. Entre a elite do Carnaval andreense, foram duas vitórias: em 1997 e 2001. No ano passado, obteve o quinto lugar.

A São Jorge, uma das escolas com o maior número de torcedores, desfilará com 300 componentes e três carros alegóricos.