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Sem perder o trono

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é ex-presidente. Ele comanda, de fato, as ações do Palácio do Planalto.

Do Diário do Grande ABC
11/05/2013 | 00:00
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é ex-presidente. Ele comanda, de fato, as ações do Palácio do Planalto. Essa é a tese de muitos políticos, não só da oposição. Alguns aliados falam abertamente sobre o assunto. Poucos escondem ou realmente não acreditam que isso ocorra. Dilma Rousseff (PT) tem sua forma de governar, mas Lula ainda tem a batuta e imprime o ritmo de boa parte da orquestra administrativa. Mais um indício de que as coisas funcionam assim foi dado ontem. Em encontro com o ex-presidente (ou não), no instituto do ex-chefe da Nação, em São Paulo, os prefeitos Carlos Grana (PT-Santo André) e Donisete Braga (PT-Mauá) discutiram programas relacionados ao Grande ABC e ao governo federal. Essa foi a informação oficial divulgada pelo gestor mauaense nas redes sociais na internet. Outro dia Lula também esteve na reabertura do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Tem tido agenda de administrador público. Lula também é fonte de vasto conhecimento em relacionamento empresarial. É estrategista político como poucos. E deve ser consultado sem moderação. Mas como presidente? Menos, bem menos. Pode voltar a ser num futuro próximo, mas hoje não é. Ou nossos nobres prefeitos foram tratar outros assuntos com o cacique petista?

Socialistas

A Juventude do PSB estadual realiza hoje, a partir das 10h, na Câmara de São Caetano, discussão de políticas públicas, organização na região e direcionamento eleitoral do partido, com presença do presidente da legenda em São Paulo, deputado federal Márcio França (PSB-SP).

Cuidado com elas

Duas das cinco vice-prefeitas do Grande ABC não estão nada bem com seus chefes. Leo da Apraespi (PSC) tem tido atritos com Saulo Benevides (PMDB) em Ribeirão Pires. E Lúcia Dal'Mas (PMDB) tem se estranhado com Paulo Pinheiro (PMDB) em São Caetano. Por enquanto a contaminação está entre os prefeitos peemedebistas. Mas se a moda pega...

Quanto mais, melhor

Os deputados estaduais Alex Manente (PPS) e Regina Gonçalves (PV) estão preocupados com a possível perda de R$ 116 milhões pelo Grande ABC se mudanças na alíquota do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) forem aprovadas pelo Congresso. Eles devem ir para Brasília discutir a situação. Cadê os deputados federais da região para fazer coro?

Debate

O Consórcio Intermunicipal discute na segunda-feira a reorganização da Região Metropolitana, em que o Grande ABC foi incluído como um dos cinco polos do Estado. Isso porque em janeiro o STF (Superior Tribunal Federal) julgou ação de inconstitucionalidade sobre a lei que cria a região metropolitana do Rio de Janeiro. Dentre vários pontos questionados nessa lei, um deles se refere a como se dará a gestão desse colegiado de municípios. O voto do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, citou a paridade entre Estado e cidades envolvidas no exercício das funções normativas, diretivas e administrativas do novo ente (metropolitano), mas não esclareceu o peso de voto dos seus integrantes. O especialista Wladimir Ribeiro fará uma análise de como esta decisão do supremo pode interferir na governança dos municípios. Será discutido ainda se a autonomia dos municípios pode ser ferida.




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