O pedido para a construção de um novo hospital estadual na região demorará ainda mais dez dias para ser analisado. O prazo fixado pelo próprio secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, expirou anteontem mas os trabalhos ainda não foram concluídos.

O levantamento apontará quais as reais necessidades e demandas de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra por uma nova unidade estadual de Saúde. O grupo de técnicos do Departamento Regional da Saúde traça atualmente uma espécie de raio X da microrregião.

Em setembro, Barradas recebeu representantes do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC que apresentaram a proposta de construção do novo hospital amparada por um abaixo-assinado com 130 mil assinaturas. Na ocasião, o secretário pediu 45 dias para emitir parecer.

O custo estimado da obra é de R$ 50 milhões para um total de 250 leitos. O hospital atenderia uma demanda de 700 mil habitantes de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra carentes de atendimento clínico especializado. Além disso, o novo hospital desafogaria o atendimento nas duas unidades estaduais da região: Serraria, em Diadema, e Mário Covas, em Santo André.

Os prefeitos de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra informaram que até o momento não foram procurados pelo Estado para disponibilizar áreas destinadas à construção do hospital.

"Caso haja interesse em optar por Ribeirão Pires incorporaria a obra do hospital estadual com a do municipal, que está em andamento desde junho, mas não fui consultado", conta o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV). Ele não fez críticas ao atraso do Estado. "Não é um projeto rápido. Melhor fazer algo definitivo para evitar que seja remendado no futuro."

O deputado estadual Donisete Braga (PT) também não vê inconveniência na demora pois "se trata de uma questão de grande complexidade." A Secretaria de Estado da Saúde só dará posicionamento oficial após o final da análise.