Cultura & Lazer Titulo Cinema
Retrospectiva autoral
Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
16/11/2011 | 07:01
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Divulgação


O estilo autoral e único de Nicholas Ray (1911-1979) marcou época nas telas entre as décadas de 1940 a 1960. Seu nome pode não ser muito conhecido entre o grande público, mas seu trabalho é apreciado entre os cinéfilos, além de alguns de seus filmes figurarem entre as grandes pérolas já produzidas pela indústria da sétima arte. Esse trabalho singular e renovador ganha fôlego na mostra 'O Cinema é Nicholas Ray', que abre hoje no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112. Tel.: 3113-3651), em São Paulo.

A atração é a primeira retrospectiva completa do cineasta no Brasil. As sessões ocorrem de quarta a domingo em diversos horários até o dia 4. Os ingressos podem ser comprados na bilheteria do espaço e custam entre R$ 2 (meia-entrada) e R$ 4.

Além de homenagear a carreira do diretor, a mostra tem o objetivo de celebrar o centenário de Ray, que ele completaria em agosto deste ano. Sessões de cinema e debates especiais agitam a programação do evento que ocorre simultaneamente nas unidades do centro cultural no Rio de Janeiro e em Brasília.

Quem abre o primeiro dia de atividades é 'A Bela do Bas-Fond' (1958), a partir das 15h. A trama apresenta o advogado Thomas Farrell (Robert Taylor), especialista em defender criminosos. Sua vida repleta de corrupção começa a ser deixada de lado quando se apaixona pela bailarina Vicki (Cyd Charisse).

Logo depois, às 17h, será exibido o longa-metragem coletivo 'We Can't Go Home Again' (1976), no qual o cineasta trabalha ao lado de seus alunos da Universidade de Binghamton, de Nova York. A obra experimental acaba de ser restaurada pela Fundação Nicholas Ray e esta será apenas a sua segunda exibição mundial da nova cópia. Após a sessão, a noite será encerrada com seminário ministrado por Susan Ray, viúva do norte-americano, que irá explanar sobre a estética cinematográfica utilizada pelo marido ao longo de seus anos atrás das câmeras.

Filmes como 'Amargo Triunfo' (1957), 'Sangue Sobre a Neve' (1960), 'O Rei dos Reis' (1961) e o emblemático 'Juventude Transviada' (1955) são algumas das atrações de 'O Cinema é Nicholas Ray'. Detalhe para o fato de que muitas obras serão exibidas em 35mm. A mostra também será complementada por debate sobre o homenageado com a presença dos críticos Inácio Araújo e Francis Vogner dos Reis, marcado para o dia 25, às 17h.




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