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A briga por um mercado de U$ 3 bi

Muito tem se falado sobre a utilização do amianto crisotila na fabricação de telhas e caixas-d’água

Por Cláudio Conz
07/06/2012 | 00:00
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Muito tem se falado sobre a utilização ou não do amianto crisotila na fabricação de materiais de construção, especialmente em telhas e caixas-d'água. Vemos notícias nos jornais, algumas defendendo o uso, outras condenando. Semana passada, li uma manchete de um grande jornal informando que o consumo de cigarro causa prejuízo de R$ 20 bilhões ao SUS (Sistema Único de Saúde) e nem por isso ele é proibido. Além de questões éticas e de saúde, o que move esta batalha é, na verdade, um mercado de US$ 3 bilhões e uma briga para substituir produtos minerais por derivados do petróleo.

O fato é que nós temos um modelo infeliz e trágico de utilização do amianto na Europa, com destaque para a Itália. No entanto, o que temos aqui no Brasil é o amianto do tipo crisotila, que não é tão agressivo à saúde humana. Assim, não há regitros de trabalhadores da mineração ou das fábricas doentes ou com disfunções respiratórias relacionadas ao amianto nos últimos 30 anos.

Já foi provado também que o uso de caixas-d'água e telhas de fibrocimento também não oferece perigos à saúde das pessoas. Não temos notícia de nenhum caso no Brasil de algum morador que tenha ficado doente por residir em casas com telhas ou caixas-d'água feitos de amianto. E vejam que o número de residências cobertas com este tipo de produto ultrapassa os 25 milhões de habitações. Estudo médico elaborado por renomadas universidades brasileiras corroboram estes dados. O resultado foi aprovado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) - http://www.sectec.go.gov.br/portal.

Outro ponto importante do fibrocimento é sua função social. Trata-se de produto barato e acessível, especialmente às camadas mais populares. Citando como exemplo, com R$ 800 é possível cobrir toda uma residência de 50 metros quadrados, considerando materiais de construção e mão de obra. O fibrocimento sintético custa em média 30% a mais, além de não oferecer a mesma qualidade do fibrocimento crisotila. Telhas de amianto com 70 anos de uso se mantém em perfeito estado, enquanto as novas telhas sem o amianto, possuem durabilidade bem inferior, conforme estudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Como representantes de uma categoria por meio da Anamaco, mantemos nosso compromisso público de orientar as 138 mil lojas da construção que representamos no caso de riscos à saúde. Os que defendem a proibição do amianto ainda não apresentaram uma única pessoa que comprovadamente tenha ficado doente ou falecido por ela nos últimos 30 anos.




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