O restante dos homens está embarcado e muitos devem seguir para a Turquia, trampolim da invasão pelo norte do Iraque. Washington e Ancara negociam no momento a utilização do território turco no ataque ao Iraque.

A invasão do Iraque deverá ocorrer em três frentes: pelo sul, a partir do Kuwait; do norte, através da Turquia; e do oeste, por meio de operações aéreas.

Algumas forças especiais já estão no Iraque para preparar o terreno para a invasão. A região norte do Kuwait (60% de seu território), que faz fronteira com o Iraque, foi declarada "zona militar fechada" a partir de 15 de fevereiro.

Os navios americanos no Golfo têm cerca de 41 mil homens, incluindo várias unidades de fuzileiros, e 23 mil militares do "teatro europeu", muitos a bordo de dois porta-aviões no Mediterrâneo, também estão a postos.

O Comando Central Americano (Centcom) inclui ainda os 10 mil soldados dos EUA no Afeganistão.

A Grã-Bretanha já tem 18 mil homens no Golfo, dos 42 mil que planeja enviar à região, segundo informações de Londres.

No Pentágono, os estrategistas estimam que será preciso força de 200 a 250 mil homens para derrubar o presidente iraquiano, Saddam Hussein. Durante a Guerra do Golfo, em 1991, os aliados mobilizaram cerca de 500 mil homens.

Além da Grã-Bretanha, vários países enviaram homens ao Golfo, mas exceto pela Austrália, que tem 2 mil soldados na região, este apoio é apenas "simbólico".

A frota americana na região tem cinco porta-aviões (Kitty Hawk, Abraham Lincoln, Constellation, Harry Truman e Theodore Roosevelt) e seus grupos de batalha, incluindo muitos navios com mísseis de cruzeiro capazes de atingir alvos no Iraque com extrema precisão.

O Iraque tem hoje 350 mil soldados, incluindo os 100 mil homens da Guarda Republicana, dita unidade de elite.