O presidente equatoriano, Rafael Correa, liderou nesta terça-feira uma marcha que levou milhares de trabalhadores às ruas de Quito, para a comemoração do Dia dos Trabalhadores. O ato, inédito na história do Equador, acontece no momento em que a economia registra taxa de 10,3% de desemprego e 45,3% de emprego informal.

Correa, que assumiu o poder em 15 de janeiro passado, foi convidado pelas centrais sindicais para participar da caminhada de resistência às políticas neoliberais e aos Estados Unidos. O movimento começou no centro moderno e foi até a praça de São Francisco, na zona colonial e vizinha ao Palácio de Carondolet (sede do governo).

O presidente tem uma popularidade recorde de 76% e conta com o apoio dos trabalhadores, a quem prometeu acabar com a exploração e estabelecer faixas salariais que se ajustem à realidade da economia equatoriana, dolarizada desde março de 2000.

Correa é contra a assinatura de um TLC (Tratado de Livre Comércio) com os Estados Unidos, cujas negociações estão suspensas há um ano. Mas o Equador aposta na integração regional com a implementação da Unasul (União das Nações Sul Americanas).

Além disso, Correa analisa a possibilidade de aderir à Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), defendida por seu aliado o presidente da Venezuela Hugo Chávez e por Cuba. A Alba é uma reação à proposta da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), bandeira do governo norte-americano junto a vários governos latino-americanos.