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Uma lição de amor
Do Diário do Grande ABC
29/05/2022 | 08:15
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Escolher cuidar de uma criança, trazer para sua própria rotina, criar e educar. Adotar é muito mais do que levarum novo filho para casa. É uma ação de generosidade, acima de tudo. É empatia na essência da palavra. E é uma análise sobre este importante tema que a reportagem de capa desta edição do Diário traz, com todos os seus aspectos envolvendo quem está na fila para adotar ou para ser adotado.

Dados do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) mostram que, nas 18 unidades de acolhimento nas cidades do Grande ABC, há 455 crianças e adolescentes, e, deste total, 57 estão aptas para serem adotadas. Na outra ponta, estão 844 famílias dispostas a acolher um desses jovens. Mas a questão que poderia ficar é: se há muito mais pretendentes do que crianças na fila, por qual razão essa conta não fecha? E por que ainda há pequenos em abrigos? A resposta talvez não seja tão simples, embora exista alguns indicativos do caminhos.

Um deles é a morosidade dos fóruns regionais no processo de seleção dos candidatos para ficar com as crianças. Situação provocada, principalmente, pela falta de equipes técnicas para poder realizar análises detalhadas nos aspectos econômicos, sociais, psicológicos e afetivos em relação aos pretendentes. Evidentemente é necessário todo o cuidado e responsabilidade no momento de avaliar as condições de quem quer formar uma família. Mas é inegável que todo esse processo poderia ser muito mais rápido. Além disso, há uma questão mais cruel, que é a restrição de perfil das crianças, principalmente em relação à idade. Quanto mais velho, mais difícil ser acolhido. E esses jovens também merecem a chance de ter uma vida nova, com uma família, rodeados de amor.

Fica na mensagem de Silvia Grecco, conhecida por narrar os jogos do Palmeiras para seu filho Nickollas, que é cego e foi adotado aos 4 meses: “Adoção não é um ato de caridade, é um ato de amor” 




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