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Moradores comemoram o início da operação do Complexo Cassaquera

Novo sistema viário de Santo André interliga as avenidas Giovanni Batista Pirelli e Valentim Magalhães

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
04/02/2022 | 00:38
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Celso Luiz/DGABC


Com quase uma semana de inauguração, o Complexo Viário Cassaquera, em Santo André, já tem provocado mudanças na rotina dos moradores do Parque Gerassi, do Centreville e entorno. A obra, que era prometida há 30 anos, contemplou a canalização de trecho de 1,7 quilômetro do córrego e criou novo sistema viário na Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello até a Rua Fernando Costa, interligando as avenidas Giovanni Batista Pirelli e Valentim Magalhães.

A obra deve beneficiar cerca de 35 mil moradores que vivem no Centreville, no Parque Gerassi e nos demais bairros da região. As duas novas pistas, com três faixas em cada, formam o novo eixo viário da cidade e deverão receber fluxo diário de 10 mil carros, podendo desafogar outros trechos do município. A construção teve o investimento de R$ 45 milhões, que foram financiados por meio da CAF (Corporação Andina de Fomento). O valor foi utilizado para as intervenções no córrego e no entorno, e parte do financiamento deverá ser utilizada para solucionar problemas sociais.

A dona de casa Cíntia Carvalho da Silva, 33 anos, conta que o complexo viário reduziu em 50% o tempo que ela gastava para levar a filha mais velha até a escola. “Demorava todos os dias quase 20 minutos só no trajeto da ida. Moro há dez anos na região e só agora consigo passar tranquilamente por aqui. Antes da obra, para ter acesso era preciso passar por ponte de madeira que já estava bem deteriorada, e para não arriscar preferia dar a volta por dentro do bairro. Agora faço o percurso na metade do tempo”, conta Cintia, que é moradora da Avenida Pedro Américo, no entorno do complexo.

O secretário de Mobilidade Urbana de Santo André, Carlos Bianchin, ressalta a importância da obra para mobilidade urbana do local. “Com a obra, conseguimos melhorar o fluxo da rotatória sentido Mauá, que era um ponto nevrálgico, e por onde passam 60 mil veículos por dia. Foi possível organizar esse tráfego, com as três pistas da avenida, e melhorar o caminho de quem precisa trafegar pelo local. Os ajustes vão sendo feitos de acordo com a necessidade”, explica Bianchin. Por conta da adaptação, o complexo viário conta diariamente com o apoio de 30 agentes do DET (Departamento de Engenharia de Tráfego) para ajudar na orientação e na fluidez do tráfego.

Além dos moradores, o complexo também impacta a vida de quem utiliza a rua como ferramenta de trabalho. O comerciante de frutas Osni Mello Júnior, 26, chegou na avenida 15 dias antes de a obra ser entregue, e mesmo em tão pouco tempo já destaca o aumento nas vendas. “Por conta do constante movimento de carros percebemos que nesses cinco dias vendemos três vezes mais do que antes. Nosso público expandiu durante esse período, antes apenas os moradores compravam com a gente e agora temos clientes de diversos locais da cidade”, explica o vendedor. Devido ao expressivo aumento nas vendas, a banca de frutas deve aumentar o horário de atendimento, passando de 12 horas para 24 horas.

LAZER E LIMPEZA
Morador há 36 anos da Vila Guarani, o aposentado Edivaldo Cardoso Nunes, 69, está aproveitando o novo trecho para colocar os exercícios físicos em dia. Ele pedala diariamente de uma ponta à outra na avenida e confessa que está aproveitando o bairro como nunca havia feito. “Moro há 36 anos aqui, mas antes era impossível poder fazer qualquer tipo de exercício devido à sujeira e à falta de pavimentação do local. Agora temos uma avenida totalmente iluminada para que os moradores possam transitar com mais segurança”, reforça o aposentado.

Com a canalização do córrego, a limpeza urbana do local também recebeu elogios de quem mora no entorno. “As casas sofriam com infestação de ratos por conta do rio, era um problema constante que diversas famílias enfrentavam. Quando chovia forte a região registrava diversos pontos de alagamento, e a nossa expectativa é que agora isso não ocorra mais”, conta o andreense José Carlos da Silva, 53, que mora há mais de 20 anos no local.  




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