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Mercadante fica sozinho em debate
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29/07/2006 | 00:05
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O que era para ser um debate entre os três principais candidatos ao governo de São Paulo acabou se transformando em manifestação de apoio da CUT (Central Única dos Trabalhadores) paulista à candidatura do senador Aloizio Mercadante. O petista, que assim como o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) e o ex-prefeito de São Paulo José Serra (PSDB), foi convidado há cerca de 10 dias para o evento, foi o único a aceitar o convite. Foi o único a comparecer e aproveitou a oportunidade para criticar os adversários, Serra em especial, sugerindo que o tucano estaria evitando um confronto.

"Eu acho que o respeito às entidades de representação dos trabalhadores é uma exigência da vida democrática e lamento a atitude de outros candidatos que vão tantas vezes a entidades empresariais e, quando diz respeito a entidades que lutam em defesa dos trabalhadores, se omitem ou se ausentam", disse Mercadante, acrescentando que Serra, por exemplo, não compareceu ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, que pretendia colocar as propostas de ambos em discussão, e também já confirmou que não irá ao debate da TV Gazeta.

"Acho que o eleitor e os sindicalistas saberão avaliar também este procedimento que, seguramente, só reforça a nossa candidatura", afirmou o petista.

Mercadante disse que comparecerá a todos os debates aos quais for convidado com antecedência. No evento de ontem, ele recebeu da CUT uma carta com propostas da central sindical para a ação no governo estadual.

A CUT paulista esclareceu que pretende entregar essa sugestão a todos os candidatos e se dispôs a publicar as fotos daqueles que a apoiarem em sua página na internet. A central garantiu que não fará restrição a nenhum dos candidatos, apesar de apoiar formalmente a candidatura de Mercadante.

Volkswagen – Mercadante (PT) afirmou que o Brasil não pode arcar com o custo da reestruturação mundial da Volkswagen, que força a companhia a fechar unidades em diversos países e ameaça os funcionários também no País. Ao comentar a nova linha do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o financiamento de exportações do setor automotivo, ele afirmou que a Volks enfrenta uma dificuldade administrativa própria, cuja conta não deve ser repassada. "O Brasil não deveria pagar essa conta", disse o petista. "Eu espero que a Volks não transfira para o Brasil um processo de reestruturação dela", acrescentou.




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