Economia Titulo Impacto
Construir ficou 14,03% mais caro durante 2021

Índice nacional elaborado pela FGV registra alta de 8,66% na comparação com o ano passado

Da Redação
24/12/2021 | 08:22
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Celso Luiz/DGABC


O INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado) subiu 0,30% em dezembro, desacelerando em relação a novembro, quando o indicador aumentou 0,71%. Os dados foram divulgados pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Com isso, o acumulado do ano e de 12 meses ficou em 14,03%, bem acima do verificado em 2020, quando o indicador fechou o ano com alta de 8,66%.

No mês, a taxa dos materiais, equipamentos e serviços ficou em 0,49%, depois de subir 1,11% em novembro. A elevação da parte de materiais e equipamentos foi de 0,48% em dezembro, com decréscimo em três dos quatro subgrupos componentes. O destaque foram os materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,73% para -0,45%. 

A variação dos serviços passou de 0,49% em novembro para 0,57%, com destaque para o aumento da refeição pronta no local de trabalho, que passou de 0,49% para 1,97% em dezembro. No mês, a mão de obra variou 0,10%, depois de subir 0,28% em novembro.

Entre as capitais pesquisadas, seis tiveram redução na variação de suas taxas, na passagem de novembro para dezembro: Salvador (de 0,44% para 0,11%), Brasília (2,27% para 1,01%), Belo Horizonte (0,30% para -0,13%), Recife (0,71% para 0,29%), Rio de Janeiro (0,58% para 0,31%) e São Paulo (0,66% para 0,25%).

Apenas Porto Alegre apresentou acréscimo em sua taxa de variação, onde o INCC-M passou de 0,27% em novembro para 0,43% em dezembro.

A elevação dos preços de materiais e outros itens acaba sendo repassada para o consumidor. O setor da construção esteve em alta durante todo o ano que está terminando. “Nós fomos na contramão dos demais setores. Registramos quedas bruscas no início (da pandemia), mas nos recuperamos. Nós vínhamos em um período muito ruim, e quando ia começar a melhorar, em 2020, veio a Covid-19. Mas (o segmento) reagiu tão forte, que tivemos recordes de lançamentos e vendas”, explica Milton Bigucci Júnior, presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC).

O empresário está otimista para o próximo ano, principalmente no quesito geração de empregos. Isso porque as unidades vendidas neste ano precisão ser construídas.

da Redação (com ABr) 




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