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Terceira idade na direção exige bom senso
Kathlen Ramos
Da Hp Press
11/05/2004 | 20:26
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Com a chegada da terceira idade os reflexos diminuem e, na mesma proporção, cresce a preocupação dos familiares quando os parentes mais próximos insistem em continuar dirigindo. Mas os médicos alertam: se não existir nenhum impedimento físico, é importante garantir a essas pessoas o direito de continuar guiando. "O ato de dirigir é, sem dúvida, uma maneira de conservar a liberdade e a independência dos idosos", afirma a psicóloga Solange Nunes Portugal Martins.

Embora exista a preocupação dos parentes próximos, a chegada da terceira idade, mesmo com a mudança nos reflexos, não significa necessariamente que os idosos precisem parar de dirigir. Só devem existir restrições quando a integridade física ou mental estiver comprometida. "Parar de dirigir sem necessidade e de maneira forçosa pode fazer com que essas pessoas se sintam profundamente limitadas e quase sempre ocorre redução na sua qualidade de vida", salientou Solange.

O comerciante Joaquim Vicente Martins, de 68 anos, diz que, para ele, dirigir significa continuar exercendo uma importante atividade física. "O volante desperta os sentidos e nos deixa mais ativos. Quando você dirige está em atividade total", afirmou. Martins garante que terá consciência e vai parar de dirigir quando não se considerar mais apto. "Quando não tiver condições vou parar imediatamente".

É o caso do médico Renato Sairbanks Barbosa, de 91 anos. Ele conta que parou de dirigir assim que sentiu que poderia representar uma ameaça não só para sua vida, como também para a de outras pessoas. "Não dirijo mais há quatro anos por iniciativa própria. Sou médico e tenho noção de que, na minha idade corro o risco de sofrer um mal súbito", explicou. Ele também temia se envolver em acidente e, ao saberem da sua idade, poderiam acusá-lo de forma injusta pelo acidente.

Nos casos em que a pessoa estiver impossibilitada de dirigir, o correto é que ela procure outras atividades que possam compensar a perda dessa atividade. Martins, que além de comerciante é atleta veterano do São Paulo Futebol Clube, aconselha: "se não conseguir mais correr, caminhe. Se não puder mais caminhar, use bengalas. Quando não conseguir mais andar de bengalas, peça que um parente o leve para passear. O importante é nunca deixar de viver", ensina.




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