Setecidades Titulo Coluna Memória
1901. Deu governo na região. Flaquer vence Franco. Procurador foge com os livros da Câmara

O apoio do presidente do Estado, Rodrigues Alves, foi fundamental na vitória situacionista do então Município de São Bernardo

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
18/12/2021 | 00:05
Compartilhar notícia


Um único vereador foi reeleito na Câmara Municipal de São Bernardo no pleito de 16 de dezembro de 1901. Renovação quase completa. Houve resistência. O governo em fim de mandato retardou como pôde a diplomação dos eleitos.

Se, de um lado, ‘O Estado de S. Paulo’ dava ampla cobertura à chamada dissidência republicana, o apoio do ‘Correio Paulistano’ era flagrantemente em favor do governo, com reflexos na região.

NOTICIAS DO CORREIO

1 – Em 1º de janeiro de 1902, escrevia o ‘Correio Paulistano’:
São Bernardo, 28 – Anteontem (26 de dezembro), como não tivesse o presidente da Câmara até essa data convocado os vereadores eleitos, em sessão extraordinária, o vice-presidente (Carlos Prugner), cumprindo disposição da lei, considerou diplomados os seguintes cidadãos eleitos, todos do Partido Republicano:
Tenente-coronel João Batista de Oliveira Lima.
Major Alfredo Luiz Flaquer.
José D’Angelo.
Tenente Antonio Mariano Galvão Bueno.
Pedro Setti
E o próprio Carlos Prugner (o único reeleito).

2 – Em 8 de janeiro de 1902, nova notícia do Município de São Bernardo no ‘Correio Paulistano’:
São Bernardo, 7 – A nova Câmara empossada protesta decidido apoio ao governo. É grande o regozijo popular. Rodrigues Alves, Campos Sales, Bernardino de Campos, Glicério, Bento Bueno e Oliveira Ribeiro são delirantemente aclamados.

O coronel Ludgero de Castro, comissionado pelo povo, saudou em inspirado discurso o prestigioso chefe, Dr. Luiz Flaquer. Música. Foguetes. Saudações.

NOTA– Rodrigues Alves, citado, cumpria mandato como o quinto presidente do Estado de São Paulo, o que o levaria, já em 1902, a ser eleito presidente da República.

3 – A resistência de quem perdeu continuava, conforme outra notícia do ‘Correio Paulistano’, está em primeira página:
São Bernardo, 8 – O procurador da Câmara Municipal consumiu todos os livros de recebedoria e fugiu para lugar ignorado.

NOTA – A troca de chumbo prosseguiria entre vitoriosos e derrotados. Foi assim ontem, é assim hoje...


NO ESTADO
Os eleitos em 16 de dezembro de 1901 tomaram posse em 7 de janeiro de 1902. O mais votado, no Estado de São Paulo, foi o prefeito reeleito da Capital, conselheiro Antonio da Silva Prado, com um total geral de 2.609 votos.

Naquele tempo, não havia eleição direta para a escolha dos prefeitos. Os candidatos saiam a vereador e entre os eleitos, indiretamente, eram escolhidos os que ocupariam os vários cargos, entre os quais o de intendente, equivalente ao de prefeito.

Nesta condição, Antonio Prado reelegeu-se ao cargo em sucessivos pleitos, permanecendo no poder entre 1899 e 1911. Foi o primeiro a receber o título de prefeito, no lugar de intendente. E como o prefeito, até hoje, é o que permaneceu mais tempo no cargo em São Paulo – o derrotado Saladino Franco, anos depois, seria eleito prefeito de São Bernardo, permanecendo no cargo por 16 anos – de 1914 a 1930.

Em 1901, os governistas venceram em cidades como Campinas, Itu, Sorocaba, Itapetininga, Iguape, Jau, Pirassununga, Rio Claro, Santos, Jaboticabal e Itapira.

Os dissidentes ganharam em cidades como Ribeirão Preto, Tambaú, Mogi Mirim, Ribeirão Bonito e Conceição de Guarulhos.

Há registros de vitórias de outros partidos. Caso dos monarquistas, que ganharam em São Carlos, e dos maragatos, vitoriosos em Cotia.

CONSELHEIRO PRADO. Nova vitória em 1901 em São Paulo. O primeiro a ser chamado de prefeito. E um mandato que se prolongou por 12 anos

Tempos do Natal - Texto: Milton Parron

O programa “Memória” deste final de semana será voltado exclusivamente para os festejos natalinos.

Serão apresentados alguns programas antigos da Rádio Bandeirantes produzidos com esse foco.

Um deles, ao vivo, com público no auditório, foi ao ar na véspera do Natal de 1954, animado por Geraldo Blota, tendo como artista principal o cantor exclusivo da Bandeirantes, João Dias, que era chamado de “O Príncipe da Voz” pela semelhança de interpretação com “O Rei da Voz”, Chico Alves.

No referido programa a grande atração foi a baiana Martha Rocha que havia se consagrado naquele ano como a segunda mulher mais bonita do mundo no Concurso de Miss Universo.

Também reapresentaremos trechos de um programa de 1977 com o cantor Teixeirinha contando um episódio de sua vida relacionado com o Natal e cantando a música que daquele episódio resultou.

Com o saudoso Muibo Cesar Curi a declamação de uma história em forma de poesia, de Silvio Toledo, relacionada com o Natal de um pai que não tinha dinheiro para dar uma bonequinha para sua única filha. O desfecho arranca lágrimas dos mais insensíveis.

Finalizando, trecho do romance “A Ceia dos Cardeais”, do português Júlio Dantas, radiofonizada em 1978.

NAS ONDAS DO RÁDIO

Memórias Musicais
Artistas que partiram em 2021: Genival Lacerda, Milton Rodrigues (da dupla Tipagi e Miltinho), Agnaldo Timóteo, Lafayette (tecladista de Roberto Carlos), Cassiano (cantor), Tarcísio Meira, Dudu Braga e Marina Mendonça.

Apresentação: José Clóvis; produção: Solange Vieira Nolasco. Neste domingo, às 15h. Rádio ABC AM (1.570).

Canta Itália
Um pedacinho da velha bota nos ares do Grande ABC: edição 146. Homenagem aos veteranos da Simca/Chrysler. Nesta audição, Valdemir Nogueira. Apresentação: Marquitho Riotto; produção: Cezar Lívio. Quarta-feira, às 20h, com reapresentação no sábado, às 23h. Rádio ABC AM (1.570).

DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Sábado, 18 de dezembro de 1971 – ano 14, edição 1719

MANCHETE – São Caetano dá título a Medici. Câmara Municipal aprovou a outorga do título de Cidadão São-Caetanense ao presidente da República, iniciativa do vereador José Agostinho Leal (Arena).

POPULAR - Terceira rodada da fase final do 6º Campeonato Popular de Futebol de Salão, realização do Diário: no ginásio do Primeiro de Maio, Vila Alice 5, GE 0; Inox 3, Eaton Fuller 1. Paroquial desiste de continuar a competir.

MUNICÍPIO PAULISTA
Aniversaria hoje: Sete Barras. Elevado a município em 1959, quando se separa de Registro.

HOJE
Dia Internacional do Migrante

Falecimentos

Olga Zanato Moraes
(Pirajuí, São Paulo, 18-7-1927 – Mauá, 14-11-2021)

Dona Olga veio da sua cidade natal, Pirajuí, diretamente para Mauá e ali residiu por 55 anos. Era filha de Eugênio Zanato e Josefa Merida. Casou-se com Domingos de Souza Moraes e teve dez filhos: Dirce, Dalziro, Daniel, Dalva, Maria Aparecida, Carlos, Vera Lúcia, Milton, Roberto Carlos e Alessandra, que lhe deram 22 netos e 21 bisnetos.

Dona Olga partiu aos 94 anos, e foi sepultada no Jardim da Colina. 

Na sua despedida, uma mensagem:
Olga Zanato Moraes, uma guerreira. A determinação dessa mulher foi o que mais impressionou. Quando tudo indicava que não teria mais forças, ela se tornava ainda mais forte. E, ao partir, ela também teve coragem para enfrentar o momento difícil que estava passando, deixando o seu legado com muito brilhantismo.

Olga nos ensinou a amar uns aos outros mesmo com as diferenças e a termos perseverança em nossa caminhada. 

Olga, eterna mãe de todos nós. Luz, energia, feminina, começo de tudo e nossa eterna protetora.

Santo André

Otília Maria do Nascimento, 100. Natural de Inajá (Pernambuco). Residia na Cidade São Jorge, em Santo André. Dia 14. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Paulo Pellegrini, 81. Natural de Santo André. Residia na Vila Valparaíso, em Santo André. Dia 13. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

São Bernardo

João Pinto Filho, 82. Natural de Piranga (Minas Gerais). Residia na Vila das Paineiras, em São Bernardo. Dia 13. Jardim da Colina.

São Caetano

Adélia Benfica Gaino, 96. Natural de São José do Rio Pardo (São Paulo). Residia no bairro Independência, em São Bernardo. Dia 13, em São Bernardo. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Diadema

Apparecida Cândida Simões, 95. Natural de Franca (São Paulo). Residia na Vila Mariana. Dia 13. Cemitério Municipal de Diadema.

Mauá

Valdelice Bacco Lima, 74. Natural de Fernandópolis (São Paulo). Residia no Jardim Itapeva, em Mauá. Dia 13, em Santo André. Vale dos Pinheirais.

Ribeirão Pires

Maria Aparecida Galdino, 66. Natural de Monteirópolis (Alagoas). Residia no bairro Pouso Alegre, em Ribeirão Pires. Dia 12. Cemitério São José. 

Mais informações sobre o obituário no www.dgabc.com.br/Colunas/Home




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;